Cuidado que a azafama do final do ano velho pode perturbar o que se deseja celebrar no dia 1 de janeiro do ano novo. Por isso, não esqueçam que se trata do Dia Mundial da Paz.
A paz é uma realidade interior e
exterior que toda a humanidade procura. Alguns autores separam uma paz da
outra, mas outros, numa perspectiva mais conciliadora, entendem que uma não é
sem a outra.
A doutrina da Igreja Católica sobre esta
matéria, também entende claramente que a paz exterior é fruto da paz interior.
Ou seja, uma não é sem a outra, estão ambas as dimensões da paz ligadas entre
si. Santo Agostinho, no Livro 19 da «Cidade de Deus», deu-nos a primeira
definição de Paz, que vai influenciar todas as definições posteriores: «A Paz
de todas as coisas é a tranquilidade na ordem». Depois procurou exemplificar
com nove casos, que vão desde «a paz da alma racional» à «paz dos cidadãos»,
passando pela «paz doméstica». Em tudo, há que fixar e lidar com dois elementos
cruciais: a harmonia e a ordem.
A primeira é a tranquilidade desejada
nesse estado de alma que todas as criaturas anseiam. E a ordem, como diz Santo
Agostinho, é «a disposição que segundo as semelhanças e diferenças das coisas
confere a cada uma o seu lugar». Assim sendo, definiremos, a paz interior como
a tranquilidade do espírito individual, proveniente da ordenação das coisas do
mundo e da vida. Sem deixar de mencionar que os aspectos da consciência em
comunhão de amizade com Deus, com os homens e com o Universo, são elementos
essenciais para esse pleno encontro com a harmonia interior da pessoa.
A segunda, que é a paz exterior (social)
será a boa e tranquila convivência com todas as coisas para tal ordenadas. Esta
é a paz que Deus quer oferecer a todos.
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