Publicidade

Convite a quem nos visita

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O sofrimento dos outros

Escrever nas estrelas
1. As situações limite que a vida apresenta frequentemente lavam-se com lágrimas e com perplexidade. Pior se for com a revolta contra tudo e contra todos. A primeira acontece sempre quando a dor é fundo, a segunda também acontece muitas vezes, mas no que adianta, podemos dizê-lo, é zero.

2. Tantas vezes os meios humanos esgotam-se e não correspondem à solução que se busca. Nada deste mundo é perfeito e todos os que no passado já garantiam as soluções definitivas, estão a dormir o sono eterno nos cemitérios.

3. Havia uma mulher desenganada, que tinha batido em todas as portas do mundo, é verdade que todas se abriam e até davam o melhor que tinham para que a cura acontecesse. Mas nada. Anos e anos a fio nesta canseira inglória. Mas, certo é que neste vaivém deambulou esta mulher sobre um oceano de lágrimas que o sofrimento fazia verter sobre a fétida chaga dolorosa.

4. Noutro momento havia um pai aflito sem saber mais o que fazer, o que pedir e muito menos a quem pedir. Há uma filha à porta morte em casa sobre a enxerga do desespero e da dor. Não há cura nem vida suficiente que estanque tanto desespero e perplexidade.

5. Ambos os casos movidos pela força da fé, sentiram que lhes resta o «poder de Deus», que viram em Jesus que passa pelos caminhos do mundo e da vida. A Ele, recorreram humildemente. Obviamente que o «médico divino» curou a mulher e a menina já morta voltou à vida. Todos se riram dele. Porque segundo um estudo bem recente, os que não crêem são mais inteligentes que os se movem pela fé.

6. O melhor remédio para todo o género de sofrimento é a confiança, porque a cura acontecerá sempre, mesmo que seja necessário experimentar algumas vezes a profundidade da morte. Mas o que será isso? – Nada na imensidão da força interior da lista infinita dos verbos «E mesmo se alguns verbos me enchiam os olhos de lágrimas, pelas imagens interiores que espontaneamente acordavam, era impossível não ler essa lista interminável com um profundo sentimento de gratidão» (Tolentino Mendonça).

Sem comentários: