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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

The Post - A Guerra Secreta

Cinema
1. Fica a renovação da ideia: tudo pela liberdade de imprensa nada contra esse direito elementar da democracia.

2. Estreou quinta-feira, o filme The Post, que junta, Meryl Streep, Tom Hanks e Steven Spielberg. Para além dos nomes de peso, este é também um filme sobre o papel e importância do jornalismo e da comunicação em geral.

2. Vamos um pouco à história do filme. Katharine Graham (Meryl Streep) é a dona do «The Washington Post», um jornal local que está prestes a lançar as suas acções na Bolsa de Valores de forma a se capitalizar e, consequentemente, ganhar alguma estabilidade financeira. Ben Bradlee (Tom Hanks) é o editor-chefe do jornal, sedento por alguma grande notícia que possa fazer com que o jornal suba de patamar no sempre concorrido mercado jornalístico. Quando o New York Times inicia uma série de notícias denunciando que vários governos norte-americanos mentiram acerca da actuação do país na Guerra do Vietname, com base em documentos secretos do Pentágono, o presidente Richard Nixon decide processar o jornal com base na Lei de Espionagem, de forma que nada mais seja divulgado. A proibição é concedida por um juiz, o que faz com que os documentos cheguem às mãos de Bradlee e a sua equipa, que precisa agora convencer Katharine Graham e os outros responsáveis pelo The Post sobre a importância da publicação de forma a defender e prevalecer, custe o que custar, a liberdade de imprensa.

3. Conclusão, na luta entre o Presidente Richard Nixon e toda em toda trama, prevalece a frase: «para ter o direito da publicação, publicar sempre». Daí que o filme reafirme o princípio para todos os tempos: «A imprensa existe para servir os governos, não os que governam». E segundo realizador Steven Spielberg: «Senti que existia uma grande urgência de reflectir as conexões entre 1971 e 2017, porque eles foram anos terrivelmente semelhantes. É um filme para os famintos pela verdade». Por isso, o filme vale essencialmente, porque reafirma o principal compromisso da comunicação, que é o de levar a verdade às pessoas.

4. A fonte dos documentos em causa, não aparecendo muito no filme, apenas no início - o suficiente para se mostrar perplexo e inquieto com as mentiras dos políticos – ganha, porém, uma importância crucial, o suficiente para nos pregar uma valente lição, que nos inquietamos com a necessidade da comunicação e com a democracia. A fonte dos jornalistas dando uma entrevista na televisão, embora em segundo plano, diz o seguinte: «Dizem que isso é invasão de privacidade, que é algo que pertence ao governo. Mas o governo deveria pertencer ao povo, trabalhar para - e com - a sociedade. Se eles julgam ser privado algo que afecta as nossas vidas, o quanto estariam eles violando a nossa própria privacidade por esconderem o que deveríamos saber? Isso afecta as nossas escolhas, a nossa casa. Se o que diz respeito a uma única pessoa é mais importante do que o que diz respeito ao povo, essa pessoa está a dizer que está acima de todos, ora isso é ditadura». Nem mais!
 
5. Um filme importante e fundamental. Assim como que num abanão em modo de puxão de orelhas lembra-nos que «quem fica neutro em situações de injustiça, está do lado do opressor». Quem puder que vá ver… Lembra-nos de muito que é importante e outras coisas também se aprende.

2 comentários:

Unknown disse...

Este filme é um dos melhores que eu vi. É uma historia cheia de incríveis personagens e cenas excelentes. Foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia muito criativa que usou elementos innovadores. Desde que eu li que era da Tom Hanks filmografia e li que o diretor foi Steven Spielberg eu fiquei animada. Ele fez um excelente trabalho. Os filmes de Steven Spielberg são cheios do seu estilo, e logo se pode identificar quem esta responsável pela direção. Realmente vale a pena todo o trabalho que a produção fez, cada detalhe faz que seja um grande filme.

José Luís Rodrigues disse...

Obrigado Andrea. A tua mensagem reforça a ideia que tenho sobre o filme. Sempre sejas feliz.