Cinema
1. Fica a
renovação da ideia: tudo pela liberdade de imprensa nada contra esse direito
elementar da democracia.
2. Estreou
quinta-feira, o filme The Post, que junta, Meryl Streep, Tom Hanks e Steven
Spielberg. Para além dos nomes de peso, este é também um filme sobre o papel e
importância do jornalismo e da comunicação em geral.
2. Vamos um
pouco à história do filme. Katharine Graham (Meryl Streep) é a dona do «The
Washington Post», um jornal local que está prestes a lançar as suas acções na
Bolsa de Valores de forma a se capitalizar e, consequentemente, ganhar alguma estabilidade
financeira. Ben Bradlee (Tom Hanks) é o editor-chefe do jornal, sedento por alguma
grande notícia que possa fazer com que o jornal suba de patamar no sempre concorrido
mercado jornalístico. Quando o New York Times inicia uma série de notícias
denunciando que vários governos norte-americanos mentiram acerca da actuação do
país na Guerra do Vietname, com base em documentos secretos do Pentágono, o
presidente Richard Nixon decide processar o jornal com base na Lei de
Espionagem, de forma que nada mais seja divulgado. A proibição é concedida por
um juiz, o que faz com que os documentos cheguem às mãos de Bradlee e a sua
equipa, que precisa agora convencer Katharine Graham e os outros responsáveis
pelo The Post sobre a importância da publicação de forma a defender e
prevalecer, custe o que custar, a liberdade de imprensa.
3. Conclusão, na
luta entre o Presidente Richard Nixon e toda em toda trama, prevalece a frase:
«para ter o direito da publicação, publicar sempre». Daí que o filme reafirme o
princípio para todos os tempos: «A imprensa existe para servir os governos, não
os que governam». E segundo realizador Steven Spielberg: «Senti que
existia uma grande urgência de reflectir as conexões entre 1971 e 2017, porque
eles foram anos terrivelmente semelhantes. É um filme para os famintos pela
verdade». Por isso, o filme vale essencialmente, porque reafirma o principal
compromisso da comunicação, que é o de levar a verdade às pessoas.
4. A fonte dos
documentos em causa, não aparecendo muito no filme, apenas no início - o
suficiente para se mostrar perplexo e inquieto com as mentiras dos políticos – ganha,
porém, uma importância crucial, o suficiente para nos pregar uma valente lição,
que nos inquietamos com a necessidade da comunicação e com a democracia. A
fonte dos jornalistas dando uma entrevista na televisão, embora em segundo
plano, diz o seguinte: «Dizem que isso é invasão de privacidade, que é algo que
pertence ao governo. Mas o governo deveria pertencer ao povo, trabalhar para -
e com - a sociedade. Se eles julgam ser privado algo que afecta as nossas
vidas, o quanto estariam eles violando a nossa própria privacidade por
esconderem o que deveríamos saber? Isso afecta as nossas escolhas, a nossa
casa. Se o que diz respeito a uma única pessoa é mais importante do que o
que diz respeito ao povo, essa pessoa está a dizer que está acima de
todos, ora isso é ditadura». Nem mais!
5. Um filme
importante e fundamental. Assim como que num abanão em modo de puxão de orelhas
lembra-nos que «quem fica neutro em situações de injustiça, está do lado do
opressor». Quem puder que vá ver… Lembra-nos de muito que é importante e outras
coisas também se aprende.
2 comentários:
Este filme é um dos melhores que eu vi. É uma historia cheia de incríveis personagens e cenas excelentes. Foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia muito criativa que usou elementos innovadores. Desde que eu li que era da Tom Hanks filmografia e li que o diretor foi Steven Spielberg eu fiquei animada. Ele fez um excelente trabalho. Os filmes de Steven Spielberg são cheios do seu estilo, e logo se pode identificar quem esta responsável pela direção. Realmente vale a pena todo o trabalho que a produção fez, cada detalhe faz que seja um grande filme.
Obrigado Andrea. A tua mensagem reforça a ideia que tenho sobre o filme. Sempre sejas feliz.
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