Picasso (1881-1973) ensinou que «a arte é uma mentira que nos dá a possibilidade de descobrir a verdade».
Não fica bem mentir. Embora nos remediemos com a
ideia que uma «mentira para o arranjo da vida sem prejudicar ninguém não é pecado
nenhum». Pode ser que nunca se saiba bem onde começa e onde acaba a definição
de «arranjo da vida». Daí que muitos se sirvam deste ensinamento popular para
fazerem as suas e o passo do exagero faz-se numa fração de segundos.
Nada de abusos e procurar definir bem o que se
entende por esse «arranjo da vida» pode ser muito importe e um bom condutor da
verdade e da sabedoria.
Mas, vamos ao pensamento de Picasso. A arte que nos
delicia é sempre fruto do engenho imaginativo do artista, que tantas vezes não
tem correspondência real nem muito menos pode ser aplicado na vida concreta.
Mas, é essa tal «mentira» que nos remete ao imaginário delicioso de um prazer indiscritível.
Daí ser «descoberta da verdade»: a verdade da beleza que nos faz sorrir, da
estética que nos salva e da bondade que nos consola as entranhas.
Sem comentários:
Enviar um comentário