Domingo XXXII Tempo Comum
7 de Novembro de 2010
Sentido para a existência toda
Nos textos da missa deste domingo descobrimos outra vez que o nosso deus é um Deus de vivos e não de mortos. Nem sempre nos deixamos conduzir por esta intuição. Porque é sempre mais fácil acreditar na morte que está aí bem visível e bem palpável através da morte dos nossos familiares e amigos. Mas, deve ser nessa ocasião que devemos reacender a luz da fé e da esperança porque a ressurreição existe e faz parte da vida toda, quer para os momentos em que se nasce quer para os momentos em que se morre. Nada escapa à graça da ressurreição que Deus reserva para todos. Será sempre necessário acender e reacender a luz da fé nessa possibilidade de plenitude.
Desta forma, a mensagem nuclear que proclamamos em todas as eucaristias, é uma certeza que deve ser sempre relembrada como alimento de fé: «anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição». Esta fé que dá forma e conteúdo a cada um de nós e a toda a comunidade reunida, é o centro da vida cristã. Somos chamados a proclamar que Deus é o Senhor da vida, que em Jesus fez com que a morte fosse vencida e apontou o caminho para a certeza da ressurreição, não apenas para Cristo, mas também para todos os que acreditarem Nele.
Este é o Deus dos vivos, porque detesta tudo o que seja causa de morte. Por isso, chama-nos à vida ressuscitada constantemente. Apenas requer de cada um a fé segura nessa certeza revelada pela sua palavra. Deste modo, digamos como dizia um escritor famoso (Dostoievski): «Comecei a amá-lo e me alegrei com o seu amor. Será possível que Ele me apague e a minha alegria se transforme em nada? Se Deus existe, também eu sou imortal». Ora bem, esta fé em Deus, como dimensão de vida para todos os momentos, dá-nos o sentido da nossa existência. E com isso divinizamo-nos, somos a glória viva de Deus.
JLR
3 comentários:
Padre José Luís é muito dificil acreditar numa vida pós-morte ou Ressurreição.No entanto, tal como falou no escritor russo, o qual toda a sua vasta Obra reabilita o ser humano numa perspectiva da divinização do humano. Tornando-o superior aos outros seres no seu comportamento de menos agressividade, sendo amoroso, terno dentro dos parãmetros do Evangelho. Mas Tolstoi no seu livro "Ressurreição" tb tem essa beleza , esse esteticismo literário de colocar uma personagem criminosa a reabilizar-se e, da cela onde estava, espreitou o sol da Liberdade daí a conotação de Ressusrreição. Resuscitar é libertar-se de todas as mortes que nos escravizam.Gosto do Homem e Mulher a caminho de Deus, Suprema Liberdade, Infinito, Última resposta.Divinizar o humano é perigoso pq, criam-se tiranos: imitadores dos deuses pagãos nos imperadores romanos, inquisidores,totalitarismos comunistas, fascistas e nazistas.
Ressucitar é renovar.E a santa igreja católica e romana precisa do seu aggionamento. Da ser ressurrecta, fugir do obscurantismo e colocar a Igreja como sinal de Esperança tal como nos dizem os Sagrados Evangelhos e não hierarcas que mais se parecem com doses de imperialismos, seres adorados, falsos deuses. O papa é a expressão fiel de um deus pagão.Nada tem a ver com o seguidor de Jesus Cristo. Portanto, é uma figura morta, cheia de bajulações e não Ressuscitada.
Querido amigo, sempre teus textos levam-nos a reflexão. Tenha um lindo final de semana. Beijocas
Só um comentário ao Ângelo: Divinizar o Humano é seguir o Caminho que Cristo nos apontou e que culmina na Ressurreição.
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