livra-nos, Senhor
das armadilhas da mentira e da sedução
livra-nos do tempo sem redenção e sem justiça
livra-nos das situações em que a verdade
se torna produto de troca e se prostitui
livra-nos de ser louvadores do tempo presente
lubrificadores da máquina social que faz os pobres
livra-nos da ideia de justiça que recompensa e pune
e dá-nos o acesso à parcela de justiça que a todos é devida
dá-nos o dom inegociável da Vida que se dá
e a todos se promete
dá-nos a esperança para pensar os perigos da hora
e o amor que nos remeta para a fonte de onde os rios correm
Poema inédito
José Augusto Mourão, o.p.In Observatório da Cultura, n.º 14 (Novembro 2010)
1 comentário:
Olá,td bem?
Belo poema!
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