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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Violência na Madeira

O mundo está perigoso. A Madeira está perigosa. Já parece a Venezuela dizem alguns. Ainda não tanto, mas para lá caminhamos.
A agressão do Presidente do Marítimo Carlos Pereira a um jornalista do Diário de Notícias, Marco Freitas, é deplorável e manifesta uma perda de cabeça incompreensível de alguém que devia sempre manter cabeça fria e saber que o cargo que exerce implica uma dose de exemplo essencial, porque tem em mãos uma instituição que faz convergir milhares de atenções e está especialmente vocacionada para os jovens.
Será que o Presidente do Marítimo se prepara com estas manifestações exteriores de violência para a Missa do Parto que o Marítimo celebra com pompa e circunstância numa das paróquias da cidade do Funchal em Dezembro? – Deixemo-nos de rodeios e vamos ao que interessa.
O Presidente do Marítimo tem todo o direito a manifestar o seu desagrado por alguma coisa que um jornalista tenha escrito a seu respeito ou sobre a instituição que dirige. Porém, com a responsabilidade que lhe é conferida e pelo exemplo que deve dar dentro da instituição que dirige, dar largas aos seus instintos de violência gratuita não convence ninguém da sua razão. O recurso à violência deita por terra todas as razões do mundo.
Não é o Marítimo um clube desportivo que pretende ocupar jovens, tirando-os dos maus caminhos e preparando-os para a vida em sociedade? Será a violência gratuita um dos métodos defendidos e praticados naquele clube de futebol e, pelo que se vê, especialmente pelo seu presidente? - Com estas atitudes estamos falados quanto ao exemplo que os responsáveis das instituições da nossa terra demonstram…
Um gesto a todos os níveis condenável. Embora não seja nada que nos admire face à forma como os políticos e outros responsáveis pela vida pública da Madeira se tratam entre si e como encaram os seus adversários. A linguagem violenta e de calhau que todos os dias nos brinda aquele Parlamento Regional e o Presidente do Governo estão a dar os seu frutos. As crianças nas escolas, na catequese e em casa respondem com frequência aos pais, aos professores e aos catequistas, se o Alberto João fala assim porque não hei-de falar também. Não tarda nada invocarão aqueles que recorrem à violência para a praticarem como pão-nosso de cada dia.
Aos mais responsáveis, pede-se mais responsabilidade e o recurso à linguagem obscena/violenta e a vias de facto para impor os seus pontos de vista não levam a razão nenhuma nem constroem o mundo e a nossa Madeira cheia da beleza humana que se deseja.
JLR
Foto Diário de Notícias

1 comentário:

M Teresa Góis disse...

Esta é a colheita do ódio semeado pelo regime de décadas que vigora nesta Ilha. E nem me admira dos resultados das votações;uns votam no Jardim porque são ignorantes os outros votam nele para salvar o poleiro.E quando chegarmos a Janeiro, nas eleições para presidente da republica, lá vai o povo votar no Jardim...."Triste sina...." já dizia o poeta Acácio, na sua poesia bruta:"a p.... é filha da vida, a vida é filha da p....."