Se olharmos para a história da Igreja Católica vamos
descobrir que o Espírito Santo é o seu motor. Por isso, faz muita pena notarmos
que ainda perdura nalgumas mentes os paradigmas punitivos da Idade Média, as
sentenças à boa maneira da Inquisição e o velho modelo de Igreja decadente que
o único sentimento que provoca é de compaixão, muito longe da adesão que
reclama o Evangelho de Jesus Cristo.
Hoje, os leigos foram amordaçados e é claro o retrocesso quanto
à doutrina que o Concílio Vaticano II tinha produzido sobre este aspecto. Os
sacerdotes e os bispos estão totalmente vergados aos ditames que o Vaticano
impõe. Não são raras as vezes que observamos uma quantidade enorme de gente da
Igreja totalmente «zarolha» à espreita daquilo que sai do Papa e das suas
comissões para repetir só e exclusivamente o que lá é dito e bem aceite.
Assim sendo, felizmente, é cada vez maior o número de
cristãos que alimentam o sonho de uma Igreja renovada nas suas estruturas e na
sua doutrina. O sonho de que a era do Espírito Santo tomará conta da Igreja
está às portas do coração de muita gente.
A Igreja dos novos tempos ou dos tempos actuais vai
emergir, porque o Espírito Santo não dorme. Também devemos aprender que, o que
melhor sabemos deste dom secreto de Deus é que esteve sempre na história do
mundo e que o fecunda constantemente com a sua força transformadora.
Tempos novos requerem respostas novas. Mas impera uma luta feroz contra a diferença e a criatividade. A palavra mais ouvida é comunhão que se confunde com obediência cega e os anacranismos são o pão que alimenta meia dúzia de egos assoberbados com o poder. Lá vamos nós com a convivendo com idolatria e todo o género de actividades religiosas que enchem o olho mesmo que de Evangelho não tenham nada. Sinais tristes que nesta manhã de Abril se animam com o fermento dos ideias da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
José Luís Rodrigues
(Imagem Google)
1 comentário:
"A Igreja dos novos tempos ou dos tempos actuais vai emergir, porque o Espírito Santo não dorme". E não dispensa a acção humana: este texto é a prova disso.
Abraço forte.
Enviar um comentário