- Curto ensaio poético para dizer o indizível nas limitações desta vida que corre na procura do centro onde descansar o sentido... Bom fim de semana para todos.
Ecoa nos tímpanos do nosso tempo
A música da paz do momento que nos abraça
Na festa da alegria que acolhe o dom
Que digo pão na hora da saudade do que se perdeu
Quando todos dançam a vibração do som das pedras.
Não podem os deuses antigos calar o prazer
A memória que só no canto dizia a música da água
Nada. Mesmo que portentoso e imenso
Corta a voz deste canto nobre e grosso
Que o espírito fustiga no vento que trouxe no
sorriso
E fez-se encanto que se ouve na serenidade do
silêncio.
Neste ar impotente que respiramos da morte
Sabemos apenas de um vestígio solene e divino
Mesmo que transcendente e distante neste ambiente.
E tomo o cálice o gosto em vinho do sangue vivo
Na aliança nova em cada manhã do amor e da
esperança.
Nada é o fim se antecipo um céu na orquestra do bem
Eis a música do tempo que os olhos viram na alma
Que canta na alegria da eternidade.
Só o centro inquieto que resta na vertigem da luz
Pensa e canta o som perene dessa voz distante.
José Luís Rodrigues
Imagem Google...
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