A
seguinte frase é de Ricardo Salgado, o nome mais badalado nas trafulhices que
envolvem as empresas e os negócios relacionados com o Banco Espírito Santo
(BES). Eis a frase: «Há imigrantes que substituem os portugueses que preferem
ficar com o subsídio de desemprego».
Pérolas
deste género já não dá mais para comentar. O que merecem seria silêncio ou
risos que nos fizessem verter lágrimas salgadas como sinal de que são uma
anedota descarada. Estes salgados que de espírito santo têm pouco, esquecem que
para terem muitos milhões amealhados muitos milhões de pessoas mergulham no desemprego,
na pobreza, na fome em todo o mundo. Os seus jogos de casino com o dinheiro dos
outros, é uma ofensa, um roubo à população de um país inteiro. Devia ter
vergonha tem é dos principais culpados pelo desemprego que as suas malfeitorias
geram todos os dias. Dizer coisas destas é um insulto e uma pouca-vergonha
diante da crise miserável que os mercenários deste mundo geraram.
Mas,
para enfeitar mais a coisa veio a público a vertente feminina deste espírito
santo. Foram as declarações de Cristina Espírito Santo,
de 44 anos, à revista do ‘Expresso', referindo que as suas férias
na Comporta são como «brincar aos pobrezinhos», obviamente,
que estas sumidade causou polémica, porque a fotografia casa e o do seu ambiente
envolvente denunciam que não se trata de nenhuma barraca nem muito menos que
esteja edificada no meio de outras barracas num bairro de lata.
Esta
senhora, é prima em segundo grau de Ricardo Salgado, do BES,
e filha de Kiki e Jorge Espírito Santo,
Cristina chocou os portugueses, numa altura em que o País atravessa uma grave
crise financeira.
Porém,
remediou-se um pouco com o seguinte comunicado, que nos fez verter mais umas lagrimazitas
salgadiças: «Em relação à frase que me foi atribuída
na reportagem da revista do Expresso do passado fim de semana, intitulada 'Como
se vive no refúgio das elites', gostava de esclarecer que, não obstante
considerar que se verificou um inapropriado e descontextualizado aproveitamento
das minhas declarações, não posso deixar de admitir que fui infeliz na forma
como me expressei.
Não penso o que saiu publicado no Expresso, nem me revejo na
síntese da declaração que lá vem feita. Por isso peço desculpa a todos a quem
ofendi inadvertidamente.
Lamento ainda pela polémica em que envolvi a minha família de forma
escusada e involuntária». Coitadinha da senhora. O que queria? - Pronunciar
insultos e que passasse sem que ninguém desse conta? - Vá trabalhar a sério.
As elites endinheiradas deste país pensam assim. Vivem como elites prediletas e iluminadas. Acham que a tudo tê direito mesmo que seja à custa da fome e da miséria. Não sabem que há neste país, grávidas com fome. Crianças com fome. Idosos desamparados e com fome. Desempregados desesperados. Famílias sufocadas por causa da carga de impostos, escolas a fechar e as que sobram com falta de material necessário para funcionarem, hospitais convertidos em morgues, porque não há material que os desinfeste e tantas outras situações que fazem mergulhar um povo inteiro no desencanto e na depressão…
As elites endinheiradas deste país pensam assim. Vivem como elites prediletas e iluminadas. Acham que a tudo tê direito mesmo que seja à custa da fome e da miséria. Não sabem que há neste país, grávidas com fome. Crianças com fome. Idosos desamparados e com fome. Desempregados desesperados. Famílias sufocadas por causa da carga de impostos, escolas a fechar e as que sobram com falta de material necessário para funcionarem, hospitais convertidos em morgues, porque não há material que os desinfeste e tantas outras situações que fazem mergulhar um povo inteiro no desencanto e na depressão…
«Barraca» da Comporta da elite Espírito Santo |
E tudo
à conta dos desvarios e desvios irresponsáveis destas inconscientes elites. Por
isso, a vergonha já não tem limites e o insulto excede tudo o que a normalidade
devia tolerar. Não podemos calar esta gente que nasceu em berço de ouro e que
acha que pode açambarcar tudo à conta da miséria da maioria do nosso povo? Não
se pode aplicar-lhes um corretivo? - Deve ser tomado tudo o que levaram do país
indevidamente e restituir até ao último cêntimo ao Estado para que seja depois
derramado na economia e nos serviços do bem comum. Os criminosos devem ser
chamados a contas e a haver culpas, devem ser presos. Doa a quem doer.
Sem comentários:
Enviar um comentário