A
maior fábrica de fazer pobres, Pedro Passos Coelho (PPC), veio à Madeira com
uma mala cheia de nada. Foi preciso chegarmos ao ano eleitoral para que este
sujeito tenha vindo ao Arquipélago da Madeira fazer promessas. Só mesmo um tolo
é que vai acreditar naquilo que ele veio cá dizer. Basta lembrarmos um pouco
das promessas que ele fez em 2011 a quando da anterior campanha eleitoral.
Mais
bonito ainda foi, vermos que os amigos da maior fábrica de fazer pobres ou o
«desgraça família», como alguém já lhe chamou, o PPC, estejam esfusiantes de
alegria com o vazio das novas que o homem despejou por aí.
Porém,
não é bem nisto que desejo reflectir por hoje. A política está assim, naquilo
que se vê, resulta numa actividade cheia de manha e de manhosos que poucos
levam a sério e os autores desse triste espectáculo estão convencidos que toda
a gente os leva a sério.
Face
a este episódio gostaria de salientar que este fim de semana e princípio de semana
os pobres estiveram em evidência na nossa terra e no país em geral. Mas, muito
especialmente na nossa região.
Por
cá ainda está a ser a visita indesejada da maior fábrica de fazer pobres neste
país (o PPC) e associado a isto tivemos em todo o país a campanha do Banco
Alimentar. Aliás, estas campanhas desordenadas, isto é, sem rumo e sem roque,
onde cada um faz a sua, estão a tornar-se um massacre para os cidadãos. Cada
vez mais se vai encontrando pessoas que nesses dias de campanhas preferem
passar o fim de semana a pão e água mas não põem os pés nos supermercados.
Concordo com eles.
Por
isso, gostaria de destacar, tristemente, que entre nós esta campanha está a
tornar-se uma actividade muito ligada ao poder político e para não sermos
desonestos com a realidade, desta vez uma forma de juntar os meninos e as
meninas do PPD regional. Assim é, que o armazém do Banco Alimentar no fundo da
Ribeira Grande em Santo António, até recebeu a incontornável Secretária
Regional da Inclusão, Rubina Leal. Nada mau para uma instituição que se gaba de
não estar ligada a nenhuma forma de poder. Falacias que na Madeira não resultam
como constatamos.
Face
a este panorama os pobrezinhos da Madeira a partir desta semana estão mais
consoladinhos e podem ver pelas imagens de Televisão e pelas fotografias dos
jornais como há gente boa, generosa, amiga que deita e acorda a pensar neles.
Até a senhora Drª Rubina Leal, inclusiva governa assim mesmo.
Vamos
à coisa séria. Está tornar-se insuportável este massacre de mentiras. Esta insuportável
instrumentação da miséria como se isso fosse um valor, uma coisa boa que merece
que se pavoneiem voluntários, governantes e militantes de partidos políticos em
fotografias insultuosas para quem caiu na desgraça do desemprego e
consequentemente na pobreza. Chega, vão cuidar da vossa vida, vão para onde
quiserem ou vão até para o raio que os parta, porque já não vos aturamos mais.
Quanto
à senhora secretária chamada pomposamente da Inclusão, vá trabalhar
na secretaria a que lhe pertence, dedique-se às instituições governamentais que
devem tudo fazer para que tenhamos uma sociedade mais igual e inclusiva, as
outras as não governamentais pertencem aos cidadãos e não devem ser usurpadas
por nenhum poder. Faça jus ao pomposo nome que lhe atribuíram e não goze
connosco nem muito menos com aqueles que estão mergulhados na fome e na pobreza
fabricada pelos partidos políticos. Até porque o padre António Vieira disse: «…Se
existimos nos dias que fazemos. Nos dias em que não fazemos, apenas duramos». A
visita no domingo ao armazém dos «bifes para pobres» foi isso mesmo, serviu apenas
durar.
Resta
dizer senhores políticos, estejam seguros que cada palavra e cada visita que
realizais não passam de enganos vossos e lúcidas tristezas nossas.
1 comentário:
"Quando a esmola é muita o pobre até desconfia" A "distinta " senhora sabe lá o que é viver na pobreza, Há muitos católicos que solidarizaram-se por essas consequências de dar de comer às pessoas, mas, politicamente, não vão à origens políticas da existência dessas causas.Isto é, votando à direita. Porque a sua segurança de vivência está garantida.São eles os artífices da opressão. Quantos aos pobres vamos dando esmolas, mais que não seja, para irmos para o céu. Tenho um compadre que me disse, uma vez, que a guerra, a fome existem por que Deus castigou as pessoas por causa do seu nudismo, mini-saias, toplesse etc. E ele que frequentava assiduamente casas de altere. Tudo boa gente!!!
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