Só porque ela é democrática.
Resultou da vontade popular. Quem não gosta não entende patavina de democracia.
Aos autores envolvidos nesta trama, pede-se que sejam verdadeiramente dramáticos,
que assumam as suas responsabilidades, dialoguem cada lei, cada medida, cada
palavra, cada atitude que implique o bem comum.
Este é um momento importante
para o nosso país, eu diria sem qualquer tremeluzir de vergonha que é um
momento de graça, um dom dos céus. Porque veio pôr à prova como anda o espírito
democrático da nação. A ver vamos se os principais responsáveis para uma solução
nesta denominada confusão, estão a altura das suas responsabilidades. O eleitorado
enviou essa mensagem, ela deve ser respeitada e tomada a sério.
Pelo lado do inábil
Presidente da República pouco ou nada se espere. Já demonstrou não ter
percebido nada nem muito menos está disposto a respeitar a vontade popular. A
este só lhe importa o que vê. Não faz leituras, não se compromete, não suja as
mãos, faz de conta que decide, fica calado perante a gravidade das coisas,
empurra para os outros o que implique compromisso. Deste Presidente da
República alguém já disse e parece ser verdade: «só aumenta a confusão». Há
muito tempo que sei deste filme e vejo-o em muitos espelhos que vieram do
Algarve para cima.
Porém, diante das várias
conversações vou encontrando algum divertimento. É irónico que aqueles que
seriam a fonte da instabilidade se tenham convertido agora no bordão da
estabilidade, porque os salvadores naturais dessa estabilidade não conseguem
por si sós segurar o bem deste mundo. Pela boca morre o peixe. Por aí se vê a
inteligência do eleitorado e a lição que procurar passar aos políticos.
Por isso, quando digo que sou
tomado pelo acesso de que «parece que gosto desta confusão», justifico-me na
frase de Albert Einstein: «No meio
da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a
harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade». Tomara termos um
Presidente amigo dos portugueses e que tomasse a sério esta realidade. Mas não
contem que dali venha algo de bom para nós. Esperemos por último que outros imbuídos
de alguma lucidez abdiquem de interesses mesquinhos e se coloquem ao dispor do
interesse comum que traga benefícios para todos os portugueses.
Esta
é uma oportunidade que deve ser tomada seriamente por todos. Porque esta
situação veio demonstrar que o sistema democrático tem múltiplas possibilidades
desde que o diálogo não seja dispensado por nenhuma força que o compõe.
1 comentário:
Amigo e Irmão Padre José Luís Rodrigues, Portugal Democrático tem, neste momento, pés para andar, sem solavancos. Claro, com alguns avanços e recuos. Basta o mínimo de patriotismo por parte dos partidos com expressão parlamentar. O diálogo terá de fazer-se com todas as partes envolvidas neste processo. Deste Presidente da República nunca ele soube lidar com situações palpáveis e concretas. É uma figura tipicamente enigmática. Por conseguinte, não lhe dou ouvidos nem o vejo na CCS. É, como alguém lhe chamou, um "presidente de cálculo" Só sabe lidar com algarismos . Bom Fim de Semana. Um grande abraço
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