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A notícia surgiu assim por estes dias:
«ONU afirma que levar crianças à igreja é “violação dos direitos humanos”».
Acha estranho? Pasmou com tamanha esquisitice? - Pois é, segundo a avaliação do
grupo de observadores da ONU que visitou o Reino Unido, há preocupação com o facto
de crianças serem obrigadas a participar nos serviços religiosos e de cultos. O
relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos,
considera que frequentar a igreja poderia ser uma «violação dos direitos
humanos». Portanto, recomendaram que o governo «revogue as disposições legais
sobre a frequência obrigatória nos encontros de adoração colectiva».
Estamos perante diante de algo deveras
preocupante e exagerado. Um tempo dominado pelo barulho constante, a abundância
de apetrechos técnicos que contribuem demais para a não reflexão, tudo gira à
volta da ideia do tudo feito é que é bom, a perda da dimensão do transcendente
dominou as sociedades que hoje vivem apenas o presente intensamente, o
esvaziamento do mistério é um dos sinais dos tempos bem concreto e com isso
advêm tantos contra valores que conduzem a humanidade para o desrespeito da
dignidade humana, a morte é o fim de tudo, o sofrimento não tem sentido, é uma
derrota injusta, a vida ou é fácil ou então não serve para nada… Matar-se ou
matar está banalizado.
Não querendo ser exaustivo com a
caraterização dos tempos hodiernos, aqui deixo estes elementos, mas poderíamos
continuar a elencando muitos mais bem reveladores da pobreza espiritual que
vivemos hoje. Por isso, consideramos que o organismo da ONU, se quisesse ser
sério na sua análise devia ter em conta quais os problemas e desafios que assistem
as sociedades do Reino Unido neste momento, que devem ser idênticos aos que
existem em todo o lado, e ao lado deles revelar que a educação familiar,
escolar, cultural e religiosa são muito importantes para fazer cidadãos livres,
honestos e justos. Aliás, esqueceram um dos princípios essenciais da ONU, que
está no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, que
garante a todo ser humano a «liberdade de manifestar a sua religião ou crença»,
em público ou em privado.
Ao repararmos na falha que nos pasmou,
somos levamos a considerar que podia ser mais útil a ONU e, particularmente,
este Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, não esquecer
qual o seu fim principal, trabalhar e lutar pela paz, prevenir as guerras e os
genocídios, que grassam por esse mundo fora, onde os Direitos Humanos nunca são
falados ou não existem. Aí sim, há crianças violentadas que anseiam por este
organismo da ONU para as defender, com medidas razoáveis e eficazes. A pobreza
é maior de todas as violações contra os Direitos humanos nas crianças. Essa
desgraça requer da ONU um empenho firme para que desaparece a fatalidade da
pobreza do mundo para que o sorriso das crianças aconteça universalmente.
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Em todo o caso não hesitamos perguntar, o que move um organismo tão
distinto e de alta importância mundial a meter o bedelho na sala de catequese e
no corriqueiro grupo de crianças ou jovens que se reúnem para orar ou refletir?
– Obviamente, que hoje alimenta-se a ideia doentia dos tempos das bruxas que
andavam por todo o lado. Quanta injustiça cometida nesses tempos obscuros. Por
isso, hoje também surge frequentemente a defesa que o combate contra a loucura
da pedofilia também se faz com medidas loucas, porque se considera que em todo
o lado pode estar um pedófilo e que todos são suspeitos logo à partida.
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