Ao sétimo dia
Tu és escombros malditos
visão infernal do tempo
que passa debaixo dos pés
em lágrimas e sangue dos aflitos.
Tu és ruínas escabrosas
da injustiça vertiginosa
do nosso mundo
quando cala a fome e a dor
com palavras bonitas mas manhosas.
Tu és som e fumo da explosão
que a maldade daninha
semeia sobre os campos da vida,
não há inteligência nem luz
que nos desvele a segura a paz
pois tantos do outro lado da trincheira
almejam a harmonia do coração.
Tu és clamor de fétidas chagas
de homens feridos e mortos
murmúrios que atravessam lágrimas
e todos os mapas da terra
uma lástima interminável a guerra
se falam armas é a pior das pragas.
Tu és o que reduz a pó
o fim da alegria
a morte da memória de povos
que não se escutam
porque vão contra os ventos e as águas
e são ganância tenebrosa
do egoísmo que teima dizendo
pelo retenir das armas
que pode ser possível no mundo
estar só.
JLR
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