Ao
sétimo dia
28
Abril de 2018
Era
uma vez uma ilha
sentada
soberana sobre as águas
que
os segredos milenares
da
criação lavaram pacientemente
pedra
a pedra quebradiças
quando
foram desprendidas dos montes e vales
do
meu coração nascido ilhéu para sempre.
Era
essa mesma ilha,
mãe
fecunda que me deu a luz e o lugar
dos
passos em volta das histórias
contadas
sobre os degraus da sabedoria antiga
que
o olhar envelhecido daquele homem
desvelava
apenas em um sorriso terno
nas
tardes de Domingo quando se juntam
as
inocentes crianças para brincarem.
Era
também o meu mundo numa ilha
que
nos dias frios e chuvosos
obrigavam
ao recolhimento de todos
debaixo
dos telhados da existência,
que
parecendo tão monótona
sonhava
com outro tempo e outra luz,
cortada
cerce pela faca em pedaços um a um
partilhado
como pão de amor pelas mãos de uma mãe.
JLR
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