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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Sempre que nasce um «nós» como casal

Escrever nas estrelas
A vida retorna à sua génese e entrelaça-se no caminho do desejo e do sonho da vida feliz. Um casal que se busca entre si para realizar juntos, essa história, faz-se protagonista da missão mais excelente da humanidade.
Tomara que muitos percebessem o valor e a importância da ligação íntima que por hora iniciaram em nome do que nasceu dentre de cada um e em nome do futuro da humanidade.
Este mistério só se percebe quando está enfeitado de amor, com o cuidado aturado um pelo outro, a atenção aos detalhes que tantas vezes não são escutados pelo som das palavras, mas por sinais que ditará o olhar ofuscado, a aparência da pele que se empalideceu, os cabelos que deixaram de estar soltos esvoaçantes, a alteração do andar que parece não querer levantar os pés do chão, os braços pesados abatidos porque estão cansados, o rosto que perdeu a luminosidade e tantas outras mensagens que são enviadas um ao outro todos os dias, que podem servir para aferir a dose do encantamento ente ambos, se está vivo ou se está a morrer.
Nesta beleza do encanto sonhado a dois, o «nós» sublime, há a assunção da procriação e da multiplicação. Tantas vezes maltratadas, burladas e enganadas ou desviadas para interesses alheios ao «nós». Eles eram os poderes religiosos, políticos, sociais e económicos que viram nessa tarefa essencial do «nós», um meio exclusivo para «pôr filhos no mundo» que povoariam de qualquer jeito o mundo unicamente como intenções puramente materialistas e economicistas. A procriação e a multiplicação, obviamente, que têm em vista também isso, porque o futuro da espécie humana faz-se por aí, mas não é um exclusivo e devemos por isso estar esclarecidos e desbravar toda a riqueza desses princípios.
Assim sendo, este mandato para o «nós», tem em vista a multiplicação e a procriação de valores que existindo como alicerces desta realidade essencial, fazem germinar a alegria e a festa da vida em casal. A multiplicação não pode faltar todos os dias para o amor que deve manter-se como chama cintilante inapagável em todas as horas, para o perdão que deve ser prato principal sempre que necessário, para a tolerância que acolhe os limites ou as falhas inevitáveis, para a paciência que aquece todos os recantos por onde passa o «nós», para o sentido da partilha que não esconde nem se esquece das necessidades do outro… Por isso, a multiplicação e a procriação são a matemática positiva do amor no chão para os caminhos do «nós».
Ao contrário, tudo o que seja negativo, deve ser limado, sarado e remediado pela inteligência do «nós», que pensa em função de dois contra todas as tentativas, que todos os dias surgirão para fazer valer uma prática centrada no egoísmo. O pensamento que se alimento do «nós», não tem nada temer, juntos vencerá o mundo e edificarão para a eternidade.

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