A vida retorna à sua génese e
entrelaça-se no caminho do desejo e do sonho da vida feliz. Um casal que se
busca entre si para realizar juntos, essa história, faz-se protagonista da
missão mais excelente da humanidade.
Tomara que muitos percebessem o valor e
a importância da ligação íntima que por hora iniciaram em nome do que nasceu
dentre de cada um e em nome do futuro da humanidade.
Este mistério só se percebe quando está
enfeitado de amor, com o cuidado aturado um pelo outro, a atenção aos detalhes
que tantas vezes não são escutados pelo som das palavras, mas por sinais que ditará
o olhar ofuscado, a aparência da pele que se empalideceu, os cabelos que
deixaram de estar soltos esvoaçantes, a alteração do andar que parece não
querer levantar os pés do chão, os braços pesados abatidos porque estão
cansados, o rosto que perdeu a luminosidade e tantas outras mensagens que são
enviadas um ao outro todos os dias, que podem servir para aferir a dose do
encantamento ente ambos, se está vivo ou se está a morrer.
Nesta beleza do encanto sonhado a dois, o
«nós» sublime, há a assunção da procriação e da multiplicação. Tantas vezes
maltratadas, burladas e enganadas ou desviadas para interesses alheios ao «nós».
Eles eram os poderes religiosos, políticos, sociais e económicos que viram nessa
tarefa essencial do «nós», um meio exclusivo para «pôr filhos no mundo» que
povoariam de qualquer jeito o mundo unicamente como intenções puramente
materialistas e economicistas. A procriação e a multiplicação, obviamente, que
têm em vista também isso, porque o futuro da espécie humana faz-se por aí, mas não
é um exclusivo e devemos por isso estar esclarecidos e desbravar toda a riqueza
desses princípios.
Assim sendo, este mandato para o «nós»,
tem em vista a multiplicação e a procriação de valores que existindo como
alicerces desta realidade essencial, fazem germinar a alegria e a festa da vida
em casal. A multiplicação não pode faltar todos os dias para o amor que deve
manter-se como chama cintilante inapagável em todas as horas, para o perdão que
deve ser prato principal sempre que necessário, para a tolerância que acolhe os
limites ou as falhas inevitáveis, para a paciência que aquece todos os recantos
por onde passa o «nós», para o sentido da partilha que não esconde nem se
esquece das necessidades do outro… Por isso, a multiplicação e a procriação são
a matemática positiva do amor no chão para os caminhos do «nós».
Ao contrário, tudo o que seja negativo,
deve ser limado, sarado e remediado pela inteligência do «nós», que pensa em
função de dois contra todas as tentativas, que todos os dias surgirão para
fazer valer uma prática centrada no egoísmo. O pensamento que se alimento do
«nós», não tem nada temer, juntos vencerá o mundo e edificarão para a eternidade.
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