são muitas as noites da vida. Há as noites que sucedem aos dias ou ao contrário as que os dias sucedem às noites. Com estas noites vivemos, com estas noites nos entendemos. Piores serão as noites que não entendemos ou não compreendemos porque nos mergulham na imensidão inatingível do mistério da existência. A noite da solidão. A noite da indiferença. A noite da vingança. A noite do ódio. A noite da violência. A noite da insensibilidade quanto ao bem de todos nós. A noite escura da alma sem lugar e vez no lugar da vida. A noite que fez perder o chão por causa do sofrimento e da morte, porque faltou a esperança na libertação e na eternidade. A noite que se faz noite em tantos corações se faltar atenção, um olhar, um sorriso, uma palavra amiga que aqueça o coração gelado pela angústia. A noite que nos comanda os passos tantas vezes quando falta a inteligência, a criatividade, a coragem para dar a volta aos azares e retomar todos os dias a vida com a luz da esperança de que amanhã nunca pode ser pior do que hoje. Por isso, jamais, em nenhuma circunstância, tomemos um remédio para dormir e um relaxante na mesma noite. Se nada o impedir beba-se um copo de vinho tinto, do bom, claro!
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