se o alimento material se faz carne para manter o nosso corpo, Jesus faz-se alimento do céu, para manter-nos com vida em abundância, existência espiritual cheia de sentido, firme na esperança da vida em plenitude e eterna. Eis a felicidade que nos confere a descoberta de Jesus de Nazaré como «alimento». O cristão não deve temer nada e deve enfrentar toda a vida com a maior das liberdades. Porque viver toda uma vida cheio de medo e com desconfiança parece impossível, mas muitas vezes encontramos pessoas profundamente inquietas com o coração oprimido pelo medo do desgosto do passado que a fez sangrar e pelo desespero em relação ao futuro. Em cada sinal de partilha, Deus manifesta a Sua presença solidária. O acontecer de Deus está em todos os sinais onde o amor escorre. Daí Jesus se apresentar como "pão da vida", alimento que se enforma no coração, para ser vida que corre pelas atitudes e palavras que dizemos uns aos outros. Daqui deriva o gesto mais nobre do ser cristão, levantar do chão quem caiu à beira do caminho, vergado ao sofrimento da solidão, da depressão, do desemprego, da incompreensão e da desgraça da pobreza que faz tantas vítimas. Sejamos religião libertadora contra todas as formas de opressão que grassam neste nosso mundo.
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