Comentário à Missa do próximo domingo
IV domingo do Advento
Este encontro das duas
primas, Maria de Nazaré e Isabel, é dos encontros mais comoventes da Bíblia.
Imagino Maria, a jovem de Nazaré, revestida de sol como são os olhos de Deus.
Vestida para significar isso mesmo, o amor e a ternura de Deus que veste os
lírios do campo mais gloriosos que o rei Salomão (Cf. Mt 6, 29-30), que adorna
de vestes finíssimas e ornamentos preciosos a sua esposa Israel (Ez 16, 10-13),
que reveste Sião da sua magnificência (Is 52, 1). A esta mulher-sinal, Deus a
veste de sol, de toda a luz da sua própria glória e poder.
Por isso, toda a devoção
não poderia ser melhor cantada naquela estrofe inesquecível do poema «A Nossa
Senhora» de Ruy Cinatti: «Vómitos de cera / honram-na em lágrimas / humedecidas
faces / ou repentes de alegria. / Ei-la, portanto, senhora / nos espaços
sederais / e na terra mãe / desamparada. / Seu olhar magoado / fere um
intranquilo / raio de luz. / E entro no templo / onde milhares de mãos
compadecidas / acendem círios. / Digo: Maria! / Ouço: Meu filho!» (in
Corpo-Alma, p. 79-80). Creio que foram estas palavras que balbuciou a prima,
Isabel, que recebia de braços estendidos «a Bendita entre todas as
mulheres...», porque já sabia de longe do «fruto bendito do teu ventre».
Assim, todos nós estamos diante daquela que transporta a salvação. Perante este encontro de mulheres, somos nós convidados a admirar o Mistério de Deus que cada um transporta. Daí, ser contra o Plano de Deus, todo o desrespeito pela dignidade de cada pessoa, a violência doméstica, o ódio, os palavrões que se aplicam aos outros, os roubos e toda insensibilidade perante a vida e o bem para todos.
Somos desafiados a contemplar o mistério que o sémen do Espírito Santo derrama sobre os nossos corações. Se o Natal for exterior ao coração de cada pessoa, é puro folclore como alguns teimam em fazer crer que deva ser assim mesmo. Nós precisamos de verdadeiros encontros, porque estamos fartos dos desencontros que este mundo nos dá.
Assim, todos nós estamos diante daquela que transporta a salvação. Perante este encontro de mulheres, somos nós convidados a admirar o Mistério de Deus que cada um transporta. Daí, ser contra o Plano de Deus, todo o desrespeito pela dignidade de cada pessoa, a violência doméstica, o ódio, os palavrões que se aplicam aos outros, os roubos e toda insensibilidade perante a vida e o bem para todos.
Somos desafiados a contemplar o mistério que o sémen do Espírito Santo derrama sobre os nossos corações. Se o Natal for exterior ao coração de cada pessoa, é puro folclore como alguns teimam em fazer crer que deva ser assim mesmo. Nós precisamos de verdadeiros encontros, porque estamos fartos dos desencontros que este mundo nos dá.
1 comentário:
Acho maravilhosa a disponibilidade de Maria...grávida, por caminhos longos e poeirentos, dispôs-se a ser solidária para com a sua prima Isabel. Nós, encontraríamos mil e um desculpas...
Um Santo Natal e um 2013 cheio de bênçãos do Céu,
Um abraço
Graça
Enviar um comentário