Sei
de Ti no silêncio da oração
Sei
de Ti na linha distante do horizonte
Sei
ti no sorriso apaixonado
Sei
de Ti na força da água que sacia a sede de esperança
Sei
de Ti no caminho que se endireita para a justiça
Sei
de Ti no coração que verte o sangue da paz
Sei
de Ti no pão que mata a fome quando partilhado
Sei
de Ti no olhar da criança que implora o amor
Sei
de Ti no gelo do ódio que se derreteu no abraço
Sei
de Ti quando se calaram as armas da guerra
Sei
de Ti na compaixão que faz a partilha
Sei
de Ti nas mãos que limpam as chagas pueris da dor
Sei
de Ti na porta que se abre nas casas
Sei
de Ti quando ecoa o convite que senta à mesa
Sei de Ti no amargo das lágrimas no choro do sofrimento
Sei
de Ti na fé que diz a vida no lugar da morte
Sei
de Ti no casal desavindo que se reconcilia
Sei
de Ti no alimento feito sacramento no encontro dos crentes
Sei
de Ti na responsabilidade do dever
Sei
de Ti na consciência dos direitos
Sei
de Ti no assumir dos erros e das falhas
Sei
de Ti na reflexão do poeta que enforma o sonho
Sei
de Ti na chuva que rega a aridez do vazio
Sei
de Ti na fertilidade da beleza e da bondade
Sei
de Ti na imensidão do cosmos
Sei
de Ti na ternura de ser mãe no calor do abraço
Sei
de Ti na fusão do mistério que se revela
Sei
de Ti no segredo que se esconde na pequenez do mundo
Sei
de Ti para sempre até à vitória do sentido
Sei
de Ti até me ver transformado na feliz eternidade.
José Luís Rodrigues
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