Ao Papa Francisco
A existência da amizade e fraternidade fez-se carneNo homem em Assis.
Nele o canto alegre de ser pobre.
A santidade simples como os lírios do campo.
A fé e o sonho do cosmos em plenitude
Na fusão do sol que é irmão
A lua, as estrelas cintilantes na escuridão amiga
Quando o pedinte vagueia de mão estendida
Na busca da partilha do pão.
Nisto diz no canto da paz das criaturas
Que "a morte corporal" também é irmã para todos.
E nesta leveza sustentável e radical
Somos todos inspirados a olhar a brisa do tempo
Daquele que contemplando a riqueza
Se desprende dessa prisão
Para saber de Deus alimento espiritual
Na fortunada de ter tudo dentro do farrapo do corpo.
Tudo fraternidade...
Os dias, as noites, as plantas, as flores, os frutos, os pobres, os animais...
Obrigado irmão Francisco pelo ensino
Que o melhor do mundo é um nada que é tudo.
Ah, se as mãos desprezam o céu
Resta-nos o chão do mundo onde falta tantas vezes a harmonia da criação.
Nisso vemos e sabemos da missão
Que nos transcende a voar mais alto o amor fecundo.
Ai como nos inspira o santo e o pobre de Assis
Que em boa hora Deus gerou nas entranhas do mundo.
José Luís Rodrigues
1 comentário:
Um poema com o espírito de São Francisco. Pobreza e humildade e muita fraternidade.
Continuo sem entender a vida de São Francisco, mas Deus dá-nos os verdadeiros santos em todas as épocas.
Os que têm tudo não querem nada, apenas Deus e o Seu amor.
Os que não têm nada procuram tudo e nem a Deus respeitam.
Enviar um comentário