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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A família do Daniel precisa de ajuda urgente

Estas manhãs que nos despertam, nos últimos dias, têm sido recebidas com muita perplexidade. Tudo começa com o desaparecimento de um menino de apenas 18 meses de idade, totalmente dependente dos adultos. Passados três dias aparece sobre um monte de feiteira junto de uma levada perigosa para uma criança com esta idade.
O primeiro sentimento que nos assiste é a tristeza. A seguir fomos vendo, lendo e ouvindo o turbilhão de notícias e comentários com as mais variadas hipóteses sobre o sucedido. Tantos mestres neste género de efemérides...
Não pretendo aqui pronunciar-me se estamos perante um rapto com fins que só sabe Deus e a cabeça de quem acha que este tipo de crimes compensa alguma coisa, uma vingança para pregar um susto à família, uma brincadeira de mau gosto entre tantas outras hipóteses que fui lendo e ouvindo por estes dias. Também não vou discutir se fizeram bem as autoridades em terem suspendido as buscas ou se deviam ter continuado a procurar até que se desse do achamento da criança. Não tenho elementos para ter uma opinião aturada sobre esta questão.
Também não vou continuar com piadas e piadinhas de mau gosto sobre o Daniel e a sua família como tenho lido e ouvido por tanto lado. Também não embarco no vazio em que já anda a comunicação social sobre o desaparecimento do Daniel. Já começa a ser folclórico. Há, pois, um mistério que nada tem de divino, mas apenas encoberto e construído pela maldade humana. Por isso, compete agora às autoridades desvendarem e a contas quem cometeu este crime, se for o caso, nos satisfazerem a inquietação perante esta sensação horrível de que estamos perante um mistério esquisito. A meu ver o final feliz foi o melhor do acontecimento e para mim é mais que suficiente.
Por isso, o que mais desejo partilhar sobre esta questão em jeito de reflexão é a situação de pobreza em que se encontra a família do Daniel e ainda mais o facto de sentirem a ostracização, o abandono a que estão votados. Parece que poucos gostam da família do Daniel. São estes os pobres dos pobres de Deus que ninguém quer saber, porque estão rotulados, marcados pelo dedo alheio, que é sempre mais rápido a apontar o argueiro no olho do vizinho.
Foi preciso ter acontecido um crime e ter-se feito sofrer uma criança para que nós sociedade nos dessemos conta de que há uma família, por sinal, muito numerosa a viver na miséria. Devia ser sobre esta realidade que devíamos todos estar a falar, a chorar e a sentir vergonha de como estamos muito mal. Quando vi pela primeira vez a fotografia do Daniel, aquele rostinho parecendo um pouco sujinho por causa da brincadeira e com uma chucha na boca, pensei logo que se tratava de uma família muito pobre. Não falhei.
Agora espero que as portas se abram para o Daniel e para sua família. Que o sofrimento do pequeno Daniel tenha alguma utilidade, não seria a primeira vez que um menino salva uma família inteira.
Às autoridades, é pedido que despertem para estas situações dramáticas em que estão várias famílias da nossa terra. A família do Daniel é uma entre tantas. À comunidade em geral fazemos um apelo. Vamos despertar e reclamar por justiça, para que ninguém tenha que viver em pardieiros, em barracas improvisadas onde o vizinho mais próximo são as perigosas correntes de ar e o frio. Vamos lutar por justiça. Vamos colocar à frente dos nossos destinos gente sensível a estes dramas. Vamos estar atentos à nossa volta e apontar às autoridades que assim não podemos continuar com políticas que beneficiam sempre os mesmos e menosprezam a situação concreta dos mais fracos, que é a maioria do nosso povo.
É inconcebível que a Segurança Social se gabe de ter excedentes em dinheiro, quando reduziu as compensações aos desempregados, corta nas reformas e impõe impostos sob a cabe de contributos solidários. Assim, é mais que lógico que existam excedentes de dinheiro a rodos, mas ao mesmo tempo vão se multiplicando em excesso preocupante as famílias em situação de miséria idêntica à família do Daniel. Este é o maior crime que está acontecer aos olhos de toda a gente, mais ainda ao abrigo de leis absurdas e políticas desumanas. E ninguém vai preso por isto. 

7 comentários:

Unknown disse...

Agora ha que ajudar essa família, para que a mesma tenha uma casa e dar tudo aos seus filhos, outro ponto ajudar a mãe e o pai a ter um trabalho. Vamos lá. Ajudar pelo o miúdo,também sou pai😊😊😊😊😊😊. Comprimentos.

joana_nunes_89 disse...

E quantas familias ha assim na Madeira?É preciso uma coisa destas acontecer???Sinseramente para não falar que está muito mal contado claro que fico feliz pela criança ter aparecido bem e viva...mas não façam o nosso dinheiro dos contribuintes irem para estar brincadeiras ainda falam mal do trabalho da policia! Sinseramente!Quem não pode ter filhos não tem!E não me venham com conversas da chacha que acontece só acontece a quem quer!Há muito boa gente a emigrar para poder dar de comer aos filhos o mesmo se aplica aos pais da criança que poderiam fazer isso...Mas pronto não se está aqui para apontar dedos agora começar a pedir para ajudar se for assim há muito boa familia para ajudar...e em piores condições que esta familia.

José Luís Rodrigues disse...

Ora se há Joana imensas famílias como esta e em piores condições do que esta. Mas, como alude, não podemos calar e fazer chegar a que tem responsabilidades a este nível, cumprir o seu dever. Obrigado pelo seu contributo e partilha.

Isabel Abreu disse...

Em muitas ocasiões falamos do que não sabemos e damos opiniões generalizando, os filhos que as famílias podem ter? Pelo que sei a família era acompanhada, com visitas periódicas e os meninos não eram maltratados. O que me entristece neste acontecimento é que esta criança possa ter sido usada para atingir fins de vingança de adultos que também tiveram vidas traumáticas e de pobreza de valores... Haja mais humanismo nesta sociedade, mais solidariedade e compreensão por parte de todos para as necessidades graves que estão à nossa beira... Para os tais dedos alheios que apontam e rotulam, desprezando os outros por se acharem acima de qualquer nódoa que atirem a primeira pedra! Julgar os outros é fácil, é a melhor forma de descartar se da sua responsabilidade social. Bem haja Padre José Luís e continue a prestar este serviço neste Banquete da Palavra. Com elevada estima Isabel Abreu

José Luís Rodrigues disse...

Muito obrigado amiga Isabel. A força da palavra tem ser o motor da mundança da humanidade.

Unknown disse...

srª excelentíssima dona joana nunes , infelizmente por causa de pessoas como você á muitas famílias assim na madeira, isto só acontece devido ao lixo da sociedade no qual você está incluída, vejo também que você nunca precisou de ninguém da maneira como fala, já reparei que deve comer pizza familiar todos os dias e bebe champanhe francês do melhor que á, em relação á policia também achei mal porque se fosse uma criança filha de famílias ricas e influentes na sociedade a historia era outra nem mais nem menos a mady maclen o qual a policia ainda a procura passado tantos anos, e também já reparei que sempre que você tem relações sexuais tem sempre cuidado em tomar a pilula e usar preservativo não vaia um dia o preservativo se romper e a pilula não funcionar, adiante, infelizmente nessa cabeça oca você não se lembra que á famílias que não têm condições financeiras para emigrar, tenha vergonha e ajoelhe-se e peça perdão a esta família e a DEUS que a perdoe por tamanho comentário insensível e arrogante, é por pessoas como você que Portugal está como está, você da maneira como fala é perfeita,..felicidades

Rita Freitas disse...

Incrível como algumas pessoas aparecem logo a desconfiar da própria família, como se pobreza só por si é motivo de desconfiança.
Enfim, o ser humano no seu melhor.

Acho que agora, mais importante que especular, é ajudar esta família.

Descobri este blog e fiquei fã.
Voltarei :)