A comunicação social está a adiantar
esta manhã (18 de junho de 2014), que algumas empresas pedem às mulheres que contratam
que assinem que não vão engravidar nos próximos cinco anos.
Curiosamente enviaram-me esta frase esta
manhã: «quando os que comandam perdem a vergonha os que obedecem perdem o
respeito», ensina Georg Lichtenberg, escritor e matemático alemão. Realmente,
já se trata disto mesmo, perda de vergonha total e que consiste em levar ao
extremo o que o Papa Francisco denunciou na entrevista que concedeu a Henrique Cymerman.
O Papa denunciou o seguinte: «estamos num sistema económico mundial, em que, no
centro, está o dinheiro, não a pessoa humana. Num verdadeiro sistema económico,
no centro devem estar o homem e a mulher, a pessoa humana. E hoje, no centro,
está o dinheiro (...)». É disto que se trata. O lucro, o dinheiro acima de
tudo, mesmo que a dignidade e a vida sejam remetidos às calendas da indiferença
e do esquecimento propositado por causa do lucro desenfreado. Não pode valer
tudo e temos que nos indignar com tamanha desgraça.
A confirmar-se esta denúncia estamos
perante uma barbaridade. Uma forma camufladas de violação dos direitos humanos.
Os empresários não devem em nome do lucro e da ganância cometerem esta
violência contra o futuro da família e contra o futuro do nosso país.
Onde é que isto vai parar? – É preciso arrepiar
caminho e concentrarmo-nos na construção da pessoa humana. Tudo em função da dignidade
da pessoa e nada contra o património mais importante do mundo que é o ser
pessoa. Quem assim procede, deve ser criminalizado e o Estado deve fazer
vigilância cerrada para que comportamentos destes não se passeiem por aí a impor
tamanha violência contra o bem mais extraordinário da vida que é a geração de
filhos.
Por estas e por outras diz o Papa e bem:
«O tráfico de seres humanos é uma ferida no corpo da humanidade contemporânea,
uma chaga na carne de Cristo. Trata-se de um delito contra a humanidade». Pode
não dizer respeito diretamente esta questão colocada por este pensamento do
Papa, mas tráfico, manipulação, condicionamento da vida humana e impedir o seu
desenvolvimento natural, resulta na conclusão do Papa. Por isso, face a este
condicionamento a que são sujeitas as mulheres que algumas empresas empregam,
estamos perante um «delito contra a humanidade» e, particularmente, contra o
futuro da nossa população que hoje se vê tão ameaça por todos os lados.
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