Comentário à missa deste domingo, Solenidade de São Pedro e São Paulo - 29 junho de 2014
Este é um princípio filosófico muito
interessante e importante, proclamado pelo grande filósofo, Descartes. Porém,
descobri um outro axioma que dá mais valor à nossa condição de cristãos. Para
os cristãos a filosofia deve ser outra: «Vivo o amor, logo existo». Toma-se de
todo o Evangelho de Cristo esta máxima que enforma o ser cristão não apenas com
um sentimento nem com uma singela emoção, mas com razão e pensamento
filosófico.
O nosso mundo precisa de pensamentos
lógicos sobre a verdade da nossa religião, porque não basta reduzir a expressão
religiosa a um sentimentalismo emotivo que pouco ou nada diz à humanidade
pensante. Deus criou-nos com um coração, mas também nos deu um cérebro para
pensar em todas as razões da nossa esperança cristã. E toda a fé que não duvida
é fé morta se quisermos reafirmar o pensar de Miguel Unamuno.
Este Domingo, celebramos a solenidade de
duas figuras proeminentes do cristianismo, São Pedro e São Paulo. São Pedro é
uma figura mais conhecida nos meandros complexos da religiosidade popular, São
Paulo mais esquecido por todos. Porém, um e outro são figuras nobres da religião
cristã, porque nos mostram que seguir Jesus Cristo, não está reservado só para
ignorantes ou iletrados.
Pedro revela a robustez da acção e a
convicção da fé na pessoa de Jesus. Um discípulo, que se engana e que atraiçoa
o Mestre, mas sabe reconsiderar e voltar à Missão com toda a coragem e força da
fé.
Paulo, o homem das viagens missionárias.
Logo que adere à fé em Jesus Cristo, faz da sua vida uma itinerância constante,
à procura de existência para semear o amor da Palavra de Jesus Cristo. As suas
cartas são o maior testemunho, sobre o quanto pode ser pensada a religião
cristã.
1 comentário:
São os pilares do Cristianismo. S. Pedro e S.Paulo. Tal como Abraão foram os nossos pais na fé no Senhor Jesus. Os seus testemunhos e ensinamentos. Gosto do S. Paulo interpretado por Victor Hugo, Ernesto Renan e de Teixeira Pascoaes. Indubitavelmente, segundo Hans Kung, foi um dos fundadores do Cristianismo. Adoro-o ler em Coríntios.
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