A frieza que nos leva a crer existir perante
a queda do avião da Malaysia Airlines, alegadamente com um míssil, fez semear
no chão da Ucrânia a morte a 295 pessoas inocentes, incluindo crianças e
especialistas sobre a doença do SIDA, mas também sobre nós o medo, o pavor de estar
num mundo e fazer parte de uma humanidade que realiza gestos hediondos de barbárie
que nos remetem aos antípodas idade da pedra.
Que mundo é este onde estamos a viver?
Que mundo, vamos deixar para o futuro? Que qualidade de vida, estamos a dar a
milhões de pessoas por este mundo fora? Uma série de perguntas que nos
assistem, perante toda a esta violência que a humanidade semeia por todo o
lado.
Guerras intermináveis, atentados
terroristas, morte de inocentes, populações de crianças e mulheres indefesas que
são dizimadas com armas sofisticadas e com ódio, muito ódio no coração daqueles
que se tomam por poderosos e mais fortes. A força dos argumentos pela via do diálogo
e da conversação têm que ser mais fortes que a força das armas.
Ironicamente, os tratados de paz são aos
montes por todo o lado, a oração pela paz, felizmente, tem sido e ainda é uma
constante na vida de uma grande parte da humanidade, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, sempre é reavivada e falada por muitos governantes deste
mundo… Porém, não termina de forma nenhuma a regra do ódio que gera violência e
que semeia vítimas por todo o lado.
O coração humano é capaz do melhor, mas
é também capaz do pior. O mesmo coração que guarda altruísmo, amor e paz, pode
logo a seguir guardar ódio, egoísmo e toda a propensão para a barbárie. Pouco ou
nada me faz temer neste mundo, mas a humanidade sim, faz-me viver com algum
temor, porque se espera de tudo de alguns homens. A sua barbárie fria me faz
viver com um certo medo, perplexidade no presente e inquietação quanto ao
futuro.
Para todos os terroristas deste mundo
retenho esta frase de Nelson Mandela, precisamente hoje, o «Dia Internacional Nelson Mandela - pela
liberdade, justiça e democracia»: «Ninguém nasce a odiar outra pessoa
devido à cor da sua pele, ao seu passado ou religião. As pessoas aprendem a
odiar, e, se o podem fazer, também podem ser ensinadas a amar, porque o amor é
mais natural no coração humano do que o seu oposto». E para o massacre que se
está a realizar no Médio Oriente, especialmente, entre palestinianos e
israelitas, retenho também de Nelson Mandela este ensinamento: «Negar ao povo
os seus direitos humanos é pôr em causa a sua humanidade. Impor-lhes uma vida
miserável de fome e privação é desumanizá-lo».
Muito precisamos de dos
livrarmos desta frequente propensão para a tragédia de uma humanidade que não
se dá ao respeito, que não se respeita, porque prefere a desordem contra a ordem
da paz que gera felicidade, segurança e bem-estar para todos. Até que não sejam
travados todos os terroristas bárbaros que este mundo abriga não saberemos
senão de notícias miseráveis e tristes. Muitos governantes, são os principais culpados desta desgraça.
1 comentário:
Bom dia!
Sr. Pe. José Luís
"O coração humano é capaz do melhor, mas é também capaz do pior."
Verdade.
E também eu tenho medo deste mundo e desta falta de humanidade que se verifica em tantos governantes.
Umas quantas lágrimas caíram ao ler este mensagem, a sensibilidade no máximo e a sensação de incapacidade para orientar o meu filho da melhor forma neste mundo às vezes tão desprovido dos valores que conduzem à vida plena e feliz.
Gostei muito desta reflexão.
PR
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