Com votos de bom fim de semana para todos....
É disso que se trata quando
os olhos veem pedras
Toscamente colocadas sem arte
e sem engenho.
São o resto do tempo que fala
no caos sem nome
Cada passo bem marcado desvela
o que foi
Um Ginásio que nomearam de
Vedius...
E das pedras soltas bradaram
o testemunho
Da mais antiga heresia de
Nestorius
Que negava a divindade do
Mestre de Nazaré
E que Maria não seria a Mãe
de Deus
Mas a mãe mais pura e simples
da humanidade.
Na Igreja Hagia Maria tudo se
resolve em mistério
Nasceu o dogma da Maternidade
Divina de Maria.
O pobre Nestorius foi
condenado.
E ainda das pedras um Sínodo
lembrara para todo sempre
O Monofisismo - o Filho de
Deus é uma natureza única
Nascida da misteriosa união
humana e divina.
Mais adiante o esplendor do
caos emerge
Na Rua de Mármore que nos
conduz
À Ágora Comercial e a
Biblioteca de Celsius.
Pela soberba Rua Arcádia
contemplamos
O Grande Teatro esbelto e
perfeito na acústica
Não há som que do palco não
seja escutado em maravilha
Em todo o canto
No maior anfiteatro do mar
Egeu (25000 pessoas)
Um desafio magnífico ao
engenho desses tempos gloriosos.
Pedras menores falam do
Templo de Sarapis
Da Casa do Amor onde a
estatueta de Priapos não nega o seu vigor.
As apelativas latrinas e as
casas em terraço
Onde a pedra se fez pedrinha
embutida
E revela toda a beleza do chão
e da parede feito retrato.
Na Rua dos Couretes cantam
presente
As Termas Escolásticas, o
Templo de Adriano
A Fonte de Trajano, a Porta
de Heracles
O Monumento de Memmius
poderoso e firme
E a Servilius Pollio
dedicaram a Fonte de Pollio.
Com outras pedras contamos
O Templo de Domitiano, a
Pritaneia, o Odion...
A Ágora administrativa onde
Zeus e os homens congeminaram
O desejo de todos os tempos
em cada ser humano
O sucesso... Sob o olhar
atento da Deusa Vitória.
La está magnífico o relevo de
Nike a dizer a todos
Mesmo que em ruínas vim, vi e
venci...
José Luís Rodrigues
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