Texto de opinião publicado hoje no Dnotícias, 30 de Junho de 2013
Há alguns tempos atrás foram profícuas as notícias vindas a lume sobre figuras governamentais e outras com cargos de relevância pública com ligações a sociedades secretas ou maçónicas. Entre nós este é um assunto mais do que badalado com ele dá jeito para colocar em alerta as bruxas e os exorcistas da nossa praça.
A Igreja Católica sempre manifestou profunda inquietação com sociedades secretas, embora também legitime o secretismo no seu interior e até tenha reconhecido alguns grupos que vivem do secretismo como carisma quase absoluto, por ex. o Opus Dei. Mais ainda se nos detivermos a observar todo o secretismo que envolve Santuários, Dioceses e o próprio Vaticano, que se consideram com toda autoridade para não prestar contas aos fiéis, seus contribuintes principais. Mas, estas são contas de outro rosário.
A Maçonaria, podemos dizer, nasceu na Igreja Católica. Eram os construtores, os maçons que passavam longo tempo a construir catedrais e mosteiros. Estes pedreiros, homens simples, ignorantes e rudes, recebiam, dos frades e clérigos, com quem viviam em estreito relacionamento, instrução e evangelização. Além de ler e escrever, aprendiam a dar graças, a caridade e os princípios morais do cristianismo. Tinham alguns ritos, a prece na abertura dos trabalhos, era um deles.
Porém, os conflitos aparecem quando os maçons se organizam e formam grupos mais ou menos secretos, legais e institucionalizados totalmente fora do domínio do poder eclesiástico, alguns movimentos com princípios claramente contra a Igreja Católica e, particularmente, anticlericais. As desconfianças e os conflitos são inevitáveis.
Neste sentido, repare-se na seguinte doutrina Católica. Em 27 de Maio de 1917 foi promulgado por Bento XV, o primeiro Código de Direito Canônico, também chamado de Pio Beneditino onde se refere a Maçonaria da seguinte forma, no Cânon 2335: «Os que dão o seu próprio nome à seita maçónica ou a outras associações do mesmo género, que maquinam contra a Igreja ou contra os legítimos poderes civis incorrem Ipso Facto, na excomunhão simplificter reservada à Sé Apostólica». E mais recomendavam noutros Cânones o seguinte: «Que as católicas não se casassem com maçons; que seriam privados de sepultura eclesiástica; privados da missa de exéquias; não seriam admitidos em associações de fiéis; não poderiam ser padrinhos de casamento; não fariam a confirmação do baptismo (crisma); não teriam direito ao patronato, etc.»
Bom, face a tudo isto vimos repudiar tudo o que sejam sociedades secretas em qualquer domínio da sociedade e a Igreja Católica como instituição para as denunciar a sério devia, a meu ver, assumir a transparência a todos os níveis como valor principal da sua acção e não permitir no seu interior nenhuma sociedade secreta, por mais religiosa que se queira fazer.
Tudo isto, porque, nos tempos que correm e em democracia tudo o que sejam sociedades secretas provocam desconfiança e inevitavelmente tais grupos implantam-se nos campos de decisão para benefícios próprios e dos grupos a que estão associados secretamente. Nos tempos da crise e de austeridade não podíamos estar mais preocupados com notícias deste calibre que nos fazem pensar o pior no que diz respeito à procura do bem comum, da justiça e da fraternidade.
A Igreja Católica sempre manifestou profunda inquietação com sociedades secretas, embora também legitime o secretismo no seu interior e até tenha reconhecido alguns grupos que vivem do secretismo como carisma quase absoluto, por ex. o Opus Dei. Mais ainda se nos detivermos a observar todo o secretismo que envolve Santuários, Dioceses e o próprio Vaticano, que se consideram com toda autoridade para não prestar contas aos fiéis, seus contribuintes principais. Mas, estas são contas de outro rosário.
A Maçonaria, podemos dizer, nasceu na Igreja Católica. Eram os construtores, os maçons que passavam longo tempo a construir catedrais e mosteiros. Estes pedreiros, homens simples, ignorantes e rudes, recebiam, dos frades e clérigos, com quem viviam em estreito relacionamento, instrução e evangelização. Além de ler e escrever, aprendiam a dar graças, a caridade e os princípios morais do cristianismo. Tinham alguns ritos, a prece na abertura dos trabalhos, era um deles.
Porém, os conflitos aparecem quando os maçons se organizam e formam grupos mais ou menos secretos, legais e institucionalizados totalmente fora do domínio do poder eclesiástico, alguns movimentos com princípios claramente contra a Igreja Católica e, particularmente, anticlericais. As desconfianças e os conflitos são inevitáveis.
Neste sentido, repare-se na seguinte doutrina Católica. Em 27 de Maio de 1917 foi promulgado por Bento XV, o primeiro Código de Direito Canônico, também chamado de Pio Beneditino onde se refere a Maçonaria da seguinte forma, no Cânon 2335: «Os que dão o seu próprio nome à seita maçónica ou a outras associações do mesmo género, que maquinam contra a Igreja ou contra os legítimos poderes civis incorrem Ipso Facto, na excomunhão simplificter reservada à Sé Apostólica». E mais recomendavam noutros Cânones o seguinte: «Que as católicas não se casassem com maçons; que seriam privados de sepultura eclesiástica; privados da missa de exéquias; não seriam admitidos em associações de fiéis; não poderiam ser padrinhos de casamento; não fariam a confirmação do baptismo (crisma); não teriam direito ao patronato, etc.»
Bom, face a tudo isto vimos repudiar tudo o que sejam sociedades secretas em qualquer domínio da sociedade e a Igreja Católica como instituição para as denunciar a sério devia, a meu ver, assumir a transparência a todos os níveis como valor principal da sua acção e não permitir no seu interior nenhuma sociedade secreta, por mais religiosa que se queira fazer.
Tudo isto, porque, nos tempos que correm e em democracia tudo o que sejam sociedades secretas provocam desconfiança e inevitavelmente tais grupos implantam-se nos campos de decisão para benefícios próprios e dos grupos a que estão associados secretamente. Nos tempos da crise e de austeridade não podíamos estar mais preocupados com notícias deste calibre que nos fazem pensar o pior no que diz respeito à procura do bem comum, da justiça e da fraternidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário