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quinta-feira, 20 de março de 2014

Apelo comovente que redobra a tristeza

É com profunda tristeza que me deparo a escrever isto. A Raquel Pereira faz um apelo comovente à solidariedade dos madeirenses para fazer tratamentos em Lisboa na Fundação Champallimaud. Todos nós sentimos estes casos com redobrado respeito, porque com a doença não se brinca. Nada é mais radical na vida de uma pessoa do que saber que no seu corpo se instalou uma doença que pode ser fatal e conduzir à finitude, ainda mais tratando-se de um cancro, como é o caso da Raquel.
Este caso será mais um entre tantos casos e lá vamos nós ter que passar por este massacre de ver alguém em sofrimento a ter que fazer duas lutas, a luta contra a doença e a luta pela angariação de fundos solidários, porque temos um estados que sabe muito bem como cobrar impostos, mas quando se trata de os aplicar em favor dos cidadãos perde a vontade e não sabe como se faz.  
Agora, pergunto, é mesmo necessário mendigar ajudas dos cidadãos para que alguém tenha direito a ser tratado? – Parece que sim. Porque quem devia cumprir o seu dever não o faz, porque perdeu a vergonha e o sentido da responsabilidade. Triste e revoltante.
Além de termos um serviço de saúde em pantanas que não se importa nada que as pessoas agonizem e morram por falta de tratamento, outro elemento salta à vista, por onde andam as Cáritas, as Ligas Portuguesas contra o Cancro, as Cruzes Vermelhas Portuguesas… Entre outras fundações, associações e grupos que se propõem ajudar os cidadãos quando andam a angariar fundos para as suas causas? - Não percebo que todos estes movimentos anualmente se movimentem muito bem para angariar fundos dos cidadãos com peditórios por todo o lado e na ocasião de se colocarem à frente para ajudarem, ninguém ouve falar neles. Mais ainda se tivermos em conta que estes grupos recebem donativos de tantas entidades inclusive subsídios do Governo Regional. Até quando vamos suportar isto?

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