É
com profunda tristeza que me deparo a escrever isto. A Raquel Pereira faz um
apelo comovente à solidariedade dos madeirenses para fazer tratamentos em
Lisboa na Fundação Champallimaud. Todos nós sentimos estes casos com redobrado
respeito, porque com a doença não se brinca. Nada é mais radical na vida de uma
pessoa do que saber que no seu corpo se instalou uma doença que pode ser fatal
e conduzir à finitude, ainda mais tratando-se de um cancro, como é o caso da
Raquel.
Este
caso será mais um entre tantos casos e lá vamos nós ter que passar por este
massacre de ver alguém em sofrimento a ter que fazer duas lutas, a luta contra
a doença e a luta pela angariação de fundos solidários, porque temos um estados
que sabe muito bem como cobrar impostos, mas quando se trata de os aplicar em
favor dos cidadãos perde a vontade e não sabe como se faz.
Agora,
pergunto, é mesmo necessário mendigar ajudas dos cidadãos para que alguém tenha
direito a ser tratado? – Parece que sim. Porque quem devia cumprir o seu dever
não o faz, porque perdeu a vergonha e o sentido da responsabilidade. Triste e revoltante.
Além
de termos um serviço de saúde em pantanas que não se importa nada que as
pessoas agonizem e morram por falta de tratamento, outro elemento salta à
vista, por onde andam as Cáritas, as Ligas Portuguesas contra o Cancro, as Cruzes
Vermelhas Portuguesas… Entre outras fundações, associações e grupos que se
propõem ajudar os cidadãos quando andam a angariar fundos para as suas causas?
- Não percebo que todos estes movimentos anualmente se movimentem muito bem
para angariar fundos dos cidadãos com peditórios por todo o lado e na ocasião
de se colocarem à frente para ajudarem, ninguém ouve falar neles. Mais ainda se
tivermos em conta que estes grupos recebem donativos de tantas entidades inclusive
subsídios do Governo Regional. Até quando vamos suportar isto?
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