No programa Prós e Contra de Fátima
Campos Ferreira de ontem, a Zona Franca da Madeira, foi completamente arrasada.
Se a nebulosa já era sombria sobre tudo o que se passa com a Zona Franca da
Madeira, ontem ficou completamente negra. O autor do livro «Suite 605», João
Pedro Martins, começa a sua intervenção com esta expressão aplicada à Zona
Franca da Madeira, «é um bordel de negócios». Tudo ao contrário daquilo que nos
têm feito crer, que é uma praça essencial para cobrar impostos, que tem muitas
pessoas a trabalhar, que se não fosse a Zona Franca existir na Madeira
morríamos todos de fome.
Face a isto devemos exigir como cidadãos
responsáveis que a administração do Centro Internacional de Negócios da Madeira
(CINM), esclareça cabalmente todas estas observações negativas e que nos faça
crer que todos os negócios que ali se realizam contribuem para o bem comum. Por
isso, exige-se máxima transparência. Não basta que nos digam que a Zona Franca
da Madeira não é um Offshore idêntico aos que escondem fortunas incalculável a
coberto da fuga de impostos nos países de onde são originárias tais fortunas.
Não chega de dizer que não se deve fazer confusão. Certo é que continuam as
denúncias e acusações graves contra o CINM.
Precisamos de uma cabal clarificação.
Por exemplo, reparemos nesta, entre tantas outras que por aí circulam: «Empresas
como a Swatch, Pepsi, Dell ou American British Tobacco têm representações na
Madeira com esse objectivo. Os madeirenses nada lucram, já que as centenas
empresas fictícias não criam um posto de trabalho. A região nada ganha, perde
inclusivamente acesso a fundos comunitários porque o seu PIB está
artificialmente empolado. Quem beneficia são apenas meia dúzia de indivíduos,
normalmente com ligações ao poder político regional, que lucram com os esquemas
que ali são montados, sendo administradores de dezenas, se não centenas, de
empresas fantasma».
Por favor, não nos atirem poeira para os
olhos e façam o que devem fazer, porque o tempo já nos deu conta de sujeira
suficiente, para que não caiamos em qualquer balela que nos digam.
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