O
dom supremo de Deus é o amor. Viver o amor verdadeiro e habitar num lugar onde
se é sujeito na vivência do amor, conhecemos incondicionalmente a presença de
Deus. A condição única de salvação, é a vida no amor, que não se consegue por
simples meios humanos, como o confirma o apóstolo João: «Quem não amar não pode
conhecer Deus, porque Deus é amor» (1Jo 4, 8).
O
amor exorciza o medo e torna-nos livres diante do nosso ser e diante dos nossos
semelhantes. Perante esta base, o amor é sempre um verdadeiro milagre. É sempre
o dom que Deus dá de Si mesmo, é sempre uma experiência divina. Na
comunidade de amor que pode ser a nossa, a presença de Deus é-nos oferecida sem
preço algum livremente todos os dias. Se nos abrimos a esse milagre, podemos
partilhá-lo com os outros em sinal de gratidão.
É
que nós gastamos o coração e a inteligência com lógicas matreiras e maquinações
interesseiras que nos perdem e nos envolvem no esquecimento fatal da perdição.
O coração e a inteligência, segundo a perspectiva de Deus por Jesus Cristo, são
para gastar no que é fundamental, isto é, no que salva e no que nos conduz ao
Reino de Deus. Alguém proclamou que «quem economiza amor, morre pobre».
O
amor de Deus é forte como a morte, dirá o Cântico dos Cânticos e onde não há
amor ponha amor, dirá São João da Cruz. Pois, então, que melhores caminhos
podemos delinear para nós próprios senão estes que requerem de nós um bom uso da
liberdade, da inteligência, da alma e do coração.
Não
devemos entregar-nos ao amor como se fosse um negócio com regras e condições,
mas como o único modo que nos identifica com Jesus, o nosso mestre. William Shakespeare disse-o assim: «é um amor pobre aquele que se pode medir». O amor padronizado não existe.
Desta forma compreendemos que o amor não é moeda de troca que requer condições, mas algo que nos envolve por dentro, nos anima e nos caracteriza totalmente. Só com esta forma de vida podemos descobrir a presença de Deus, pois Deus é amor, como nos ensina de forma extraordinária o apóstolo João.
Desta forma compreendemos que o amor não é moeda de troca que requer condições, mas algo que nos envolve por dentro, nos anima e nos caracteriza totalmente. Só com esta forma de vida podemos descobrir a presença de Deus, pois Deus é amor, como nos ensina de forma extraordinária o apóstolo João.
O amor por Deus e pelos outros é um modo de ser, uma
vida e um dom que se acolhe como manancial da bondade de Deus, que nos torna
grandes não aqui no lugar desta vida material, mas lá no lugar do Reino de
Deus. E sempre que não somos amor, matamos Deus ou testemunhamos que Ele não
existe mesmo.
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