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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O que falta acontecer para mudar isto?

Eu não sei quem manda no Porto do Funchal, especialmente, logo à entrada da pontinha, por baixo da rotunda que dá início à Avenida Sá Carneiro. Já denunciado várias vezes, debaixo da rotunda serve de abrigo a pessoas, há estendal de roupas a secar.
Para quem chega ali vindo do Centro do Funchal pela aprazível Avenida Sá Carneiro, quem desça da zona dos hotéis pela rua Carvalho Araújo e melhor ainda os que venham da pontinha, porque acabaram de sair de algum dos navios de cruzeiro que habitualmente atracam no nosso porto, todos encontram este cartaz miserável, bem revelador do desleixo das nossas autoridades ou especialmente de quem tem a responsabilidade daquele espaço. Não sei quem é o "dono" daquilo, mas que está feio, lá isso está. 
Este «cartaz» turístico deve já ter corrido mais de meio mundo, porque não fui o único a fotografar esta «obra de arte», vi na mesma ocasião vários turísticas fazerem o mesmo que eu, provavelmente, ao contrário das minhas intenções, pretendia escarrapachar aqui, porque desejo uma cidade bonita, cuidada e ricamente organizada para receber toda gente. Os outros, quiçá, levam as imagens para confrontarem os benevolentes agentes de viagens que lhes impingiram fotografias extraordinárias das belezas paisagísticas da Madeira. Foram enganados, porque o que se deparam logo quando acabaram de dar meia dúzia de passos é este desleixo sujo e caótico.
Já não foi uma vez nem duas que encontro na nossa cidade turistas furibundos com quem lhes vendeu o paraíso na Madeira, mas o encontram logo na cidade onde desembarcaram é o que se vê para além das outras desgraças já sobejamente denunciadas…
Por isso, há uma responsabilidade, que deve ser reclamada às autoridades desta terra, para que se deixem de propaganda narcísica vazia e se dediquem ao cuidado da nossa cidade e da nossa terra. Esta miséria, que estas imagens documentam diz bem o que salta à nossa cabeça, há um desleixo confrangedor generalizado. É grave esta irresponsabilidade. É grave este desleixo. É grave que não tenhamos cuidados aturados com a nossa paisagem, as nossas ruas, os nossos jardins e todos os recantos que fazem a vida deste pedaço de terra que temos em mãos para cuidar.
Outra vez fica provado que quem não é capaz de mostrar o que vale nas coisas pequenas, o que não será com as grandes. Por isso, já não alimento ilusões nem muito menos me deixo encantar com o canto de sereias.

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