Quase
poesia, sejam tolerantes…
as
forma das mãos ficaram cravadas sobre a poeira do chão
o
dedo grande do pé ficou descascado na ponta
há
sangue a verter sobre o pó
a
pele levantada chora vermelho toda a dor do universo.
era
eu abatido sobre a terra solta abrasada pelo sol
que
numa tarde escaldante interrompeu
uma
inocente brincadeira
a
alegria doce do corpo
que
escorria nos rios picos de água
que o meu rosto sentido testemunhava
no
convívio dos amigos.
pelo
fim do dia nós os dois na soleira da porta
vimos umas mãos que agarram impiedosamente
o
dedo em carne viva
e
lancinante a lamina do fogo cortou cerce o desperdício da pele morta
há
choro e ranger de dentes por todos os poros
mas
nada que trave a certeza
de
uma mãe que anuncia a cura logo para a manhã.
a
queda livre é todo o meu peso
sobre
o coração às vezes suspenso
que cai sobre si mesmo.
JLR
Sem comentários:
Enviar um comentário