é tão difícil erguer o edifício da confiança e num ápice de tempo pode ser destruída. Tantas coisas que fazemos tão rapidamente, mas que deixam arrependimento para toda a vida. Mesmo assim a confiança verdadeira perdura no tempo e cresce mesmo que as distâncias sejam longas. Uma certa dose poética na amizade faz bem e permite que as subidas mais íngremes sejam suavizadas. Escutemos: "E a fala dos pinhais, marulho obscuro, / É som presente desse mar futuro, / É a voz da terra ansiando pelo mar" (Fernando Pessoa). A poesia ensina que o que temos nada vale sem que valorizemos quem está connosco nos bons e nos maus momentos. Essa é a amizade, esta é a presença divina, que nos completará como ensinou Konstandinos Kavafis naquela sublime definição da esperança: "tudo belo e grande iluminado". Por isso, o nosso poeta Sebastião da Gama reconheceu que no caminho da amizade começou por reconhecer que "deixei no mar quanto tinha". Grato por tão sublimes pensamentos.
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