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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Vamos rezar juntos

no filme «Dos homens e dos deuses» (Des hommes et des dieux) de Xavier Beauvois, vemos uma pequena comunidade de monges trapistas da Argélia, nos anos noventa, que teve de enfrentar uma onda crescente de violência. Instala-se entre eles um dilema terrível, têm que decidir se fogem ou se ficam, sob os tremendos riscos que qualquer uma das opções acarreta. Um dos monges disse a uns vizinhos muçulmanos: «Estamos como passarinhos no ramo de uma árvore, sem saber se devemos levantar voo ou não». A resposta veio como espada de dois gumes: «Os pássaros somos nós, os ramos são vocês. Aonde iremos se os ramos se forem embora?» - Eis uma desconcertante lição de vida. A tentação para «salvar a pele» faz parte intrínseca do ser humano, mas também deve fazer parte do ser gente com toda a gente, a ideia de que algumas vezes somos passarinhos nos ramos, mas tantas outras somos os ramos para os outros. Permanecer ou partir, eis a questão. O desafio impõe-se, é preciso saber permanecer ou partir se for o caso. Mas, muitos casos, é melhor permanecer, porque faz parte da vida e é sinal da esperança perante as derrotas e contrariedades. Deus sempre permanece e nunca se esquece de ninguém. Permanecer é a alma viva do mundo que se esquece e foge de si próprio tomado pelo veneno do egoísmo. Lutar contra isto deve ser o nosso primeiro propósito.

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