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terça-feira, 31 de julho de 2018

Os ventos do tempo reclamam mudanças

parece que o Papa Francisco está atravessar uma fase menos boa do seu Pontificado. Consideram alguns que este será um Verão muito longo para o Papa Francisco. São os escândalos sexuais sobre a pedofilia que continua a ensombrar toda a Igreja Católica e o clericalismo, que ele já tinha classificado como «uma peste na Igreja», a bordo do voo que o levou de volta a Roma, depois da visita apostólica a Portugal a 13 de Maio de 2017. Por hora nesta reflexão, vamos fixar-nos no clericalismo. Vamos ao ideal que já está escrito há alguns anos (57 anos), mas não realizado ainda. A definição de Igreja está dada pelo Concílio Vaticano II, que se inspirou na ideia do Antigo Testamento, sobre o «Povo de Deus» e descoberta mais tarde pela inteligência de São Pedro, ao dizer, que todos os baptizados são finalmente constituídos em «raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo conquistado... Que outrora não era povo, mas agora é povo de Deus» (1Ped 2, 9-10). Todo o clericalismo contradiz a vontade de Cristo e não passa de uma roupagem de pretenso poder, que não salva senão os comodismos pessoais dos interesseiros deste mundo. Não bastam os curativos que o Papa aqui e ali tem aplicado. Os homens e as mulheres de hoje reclamam medidas de fundo que rebentem com a estrutura milenar assente num clericalismo doentio, por isso, é necessário dar espaço às mulheres nas diversas instâncias do poder hierárquico da Igreja Católica e é preciso não ter medo de pensar o tema do celibato, começando por ordenar homens casados. Os ventos do tempo correm a favor de mudanças profundas e enormes. Não ter medo de fazê-las é uma boa forma de obedecer à acção do Espírito Santo antes que seja tarde.

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