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quarta-feira, 25 de julho de 2018

O fogo na tragédia grega

Outra vez os incêndios. Outra vez uma série de mortos e feridos por causa deles. O cheiro a queimado. O fumo a tomar conta de todas as coisas. Imagens desoladoras. A tristeza estampada no rosto das multidões. O sofrimento. A dor e a angústia. A perplexidade do mundo inteiro. Um verdadeiro inferno por hora na Grécia. Dizem que são os malefícios das «alterações climáticas» e a «mão humana». Creio, mais sinceramente, que seja a «mão humana» a ditar estas desgraças do que as ditas «alterações climáticas». Sim, porque a «mão humana» nunca como hoje, rege-se pelo egoísmo e cegamente pelos interesses de alguns contra o interesse comum da humanidade. O preço desta insensibilidade está a ser elevado para a humanidade inteira. Eis então, a morte e o sofrimento bem visíveis dentro das nossas portas, porque alguns teimam em entender que o mundo foi criado só e unicamente para eles, começou neles e vai acabar neles. Nada mais ilusório, mas fatal para a criação e para a humanidade. Heráclito de Éfeso (540 A.C. a 470 A.C.), filósofo grego, defendia a ideia de que o agente transformador é o fogo. Ele purifica e faz parte do espírito dos homens. Não será do fogo físico descontrolado que nos fala o filósofo, mas antes do fogo do pensamento e das coisas interiores, até porque esta frase assim o reconhece «Das coisas surge a unidade. E, da unidade, todas as coisas». É conhecido como o filósofo do fogo. Desejo paz e coragem a todo o povo grego.

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