O Papa João XXIII, constatava, convictamente, que “é muito mais forte aquilo que nos une do que aquilo que nos divide”. Era deste olhar sereno e generoso que irradiava esse profundo desejo. Ou melhor ainda, seria a voz de Deus que se fazia ouvir no coração da história como expressão última de uma vontade incontornável.
Não basta desejar a união. Não chega inquietar-se com a separação e considerar que quem comunga de outros símbolos e sinais para alimento da sua fé no “Deus escondido”, irmãos desavindos ou rebeldes. João Paulo II, na notável Encíclica “Ut Unun Sint”, sobre o Ecumenismo, considera que “do amor nasce o desejo de unidade” – e continua o Papa – “O amor é a corrente mais profunda que dá vida e infunde vigor ao processo que leva à unidade” (nº 21).
A unidade é o mesmo que caridade. Porque a fonte desta causa radica numa pessoa, Jesus Cristo, que constantemente faz apelo ao nosso coração para essa disponibilidade essencial que conduz à paz e à fraternidade entre todos na maior das diversidades. Unidade neste caso conjuga-se com diversidade e com a maior das multiformes idiossincrasias.
JLR
Imagem no blogue: Aliis tradere
3 comentários:
imaPadre José Luís, a semana ecuménica é muito vaga a sua missão de unirmo-nos todos num só Espírito e num só Senhor.Isto é tudo folclore pq o papado quer a sua realeza .Isto é, o poder absoluto do Papa. Não é por aí que chegamos a rezar juntos. A não ser durante uma semana. Neste tal oitavário. Por mim sou ecuménico por natureza, uma vez que estou em consonância com as igrejas e religiões desde que o obejctivo primordial seja a PAZ.
Amigo Ângelo, muitas vezes não se sabe realmente o que se pretende com esta unidade. Muitas coisas teriam que ser reflectidas, essencialmente, o Papado. Porém, sonhe-se com a unidade na diferença que leva à oração pela paz, a luta contra a pobreza, a luta a favor dos Direitos Humanos, afinal, a luta pelo BEM-COMUM. Muito falta fazer-se, rezemos e trabalhemos por um mundo melhor, especialmente, para que as confissões religiosas se tornem instrumentos de um mundo novo cheio de coisas boas para todos.
como eram pacíficos esses tempos....Unidos na Oração, na partilha,na presença e apoio aos Irmãos. Temos de voltar aos tempos das catacumbas em que havia consideração e dignidade pelo Ministério da Mulher, não havia opulência nem superioridade? Onde andam os princípios, regras da DIDAQUÉ?
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