Terça-feira passa a ser dia de farpas à Madeira nova... Uma nova rubrica no Banquete da Palavra. Um prato para quem gosta de rir com o rancho folclórico denominado Madeira Nova...
Uma coisa inominável,
que alguns balbuciam de «Povo Livre», cheirando a hálito de uísque e de fumo de
charutos caros quiçá comprados com dinheiro dos nossos impostos, fez uma lista
das pessoas que na Madeira, deitam-se, sonham e acordam com uma única pessoa na
cabeça. Delírios.
Obviamente, que estou nessa
lista. Acho que não mereço tamanha distinção. Mas, esfriando a cabeça considero
essa coisa um castigo. Porque, já repararam que tormento seria adormecer,
sonhar e acordar todos os dias que a providência deita no mundo, sempre com a
mesma pessoa encaixada no pensamento? - Só posso ver isto como castigo.
Este povo livre
escarrapachado e mascarado de jornal, é uma colectânea de pilhérias gastas,
denominadas de discursos, conferências e artigos de opinião mais que patéticos,
porque envelhecidos pelo tempo que a história fez rolar em carris de corrupção,
de mentira e de enganos torpes que fizeram manter uma idiossincrasia de
vaidades e um poder dominador da verdade única. O que se escreve em papel nesta
farsa chamada de povo livre não merece o papel onde está impresso e sinto pena
das árvores que foram abatidas para delas ser produzido o papel, que tão triste
destino tem, dar-nos estes devaneios de gente louca sem nada para fazer.
Tudo isto faz-nos rir
imenso. Mas um riso que esconde uma tristeza, porque vemos gente tomada de
responsabilidade que bebe altivez sobre o comum dos mortais fazendo chacota da
responsabilidade que lhes foi confiada, ridiculariza os bens que são de todos e
comportam-se como meninos mimados, molengões, que não se descolam das sais
daquilo que acham ser proteção eterna. Uns tristonhos meninos prodígios de
perninhas flácidas que debitam num fio de voz repetitivo tipo pretensas odes
salomónicas. São torneiras lassas de coisa de nada recitativa lenta e babujada
de aparente sabedoria.
Assim se dança um
bailinho do rancho da Madeira que um dia foi autónoma, mas que os meninos irresponsáveis
levaram à falência, com um rol de dívidas astronómico. Um descalabro soberbo.
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