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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Qual é a origem da expressão «partícula de Deus»?


O «Pai» da «Partícula de Deus»

Décadas de trabalho têm sido dedicadas à busca por uma partícula subatômica denominada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", e que pode ter sido ao menos detectada, afirmaram cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês). Mas, de onde vem o nome "partícula de Deus"?
O bóson de Higgs recebeu este nome em homenagem ao físico britânico Peter Higgs, que propôs sua existência em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters. Higgs teve a ideia enquanto caminhava um fim de semana pelas Montanhas Cairngorm, na Escócia. Quando retornou ao laboratório, ele disse aos seus colegas ter tido sua "grande ideia" e encontrado uma resposta para o enigma de por que a matéria tem massa.
Embora a partícula leve o nome de Higgs, importantes trabalhos teóricos também foram desenvolvidos pelos físicos belgas Robert Brout e François Englert. O bóson de Higgs ficou conhecido como "partícula de Deus", porque, assim como Deus, estaria em todas as partes, mas é difícil de definir. Mas a eral origem é bem menos poética.
A expressão vem de um livro do físico ganhador do prémio Nobel Leon Lederman, cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra "maldita" fosse ofensiva. 
O Vaticano e a «Partícula de Deus»
“Comoção e entusiasmo” foram os termos que o L’Osservatore Romano, o jornal do Vaticano, escolheu para se referir ao anúncio da descoberta do bosão de Higgs, recordando a própria forma como o físico britânico Peter Higgs, o “pai da pequena partícula” reagiu.
Entusiasmo foi também a palavra escolhida pelo director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) da Igreja Católica em Portugal, padre José Tolentino Mendonça. Em declarações à RTP, citadas no sítio do SNPC na Internet, este responsável afirmou: “Tudo o que é a procura da verdade interessa muito aos crentes e à Igreja.” 
Dizendo que a Igreja Católica “acompanha com natural entusiasmo” a investigação sobre o bosão de Higgs, Tolentino Mendonça acrescentou que o catolicismo manifesta um “respeito muito grande pela autonomia da ciência e pelas suas metodologias específicas, claramente distintas da busca da fé”. 
O padre e poeta, que é também consultor do Conselho Pontifício da Cultura, disse ainda que não receia que as descobertas da física contrariem a fé: “Chamar ‘partícula de Deus’ ao bosão de Higgs é uma metáfora. As partículas de Deus são de outra natureza. É muito importante percebermos que são campos muito diferentes”, embora façam parte “da mesma experiência humana”, afirmou, de acordo com a mesma fonte. 
O autor de A Leitura Infinita, sobre a interpretação da Bíblia, acrescentou que “a ciência não constitui uma ameaça à fé”, dizendo que há um “impulso que Deus coloca no coração de cada homem, que é uma grande sede de conhecimento, de razão e de verdade”. E acrescentou que mesmo que todos os mistérios das diversas áreas científicas estejam explicados, “o homem continuaria a ser um enigma para ele mesmo”.
Apesar de vários conflitos entre a Igreja institucional e a investigação científica – entre os quais a condenação de Galileu pela Inquisição foi o mais notório –, o Vaticano tem dedicado muita atenção à investigação científica. No campo da astronomia, por exemplo, o Observatório Astronómico do Vaticano é um dos mais antigos do mundo. E em Portugal, o padre jesuíta Luís Archer, que morreu no ano passado, foi o introdutor da investigação em genética. (In Público, 05/07/2012)
Um Livro que nos retempera o essencial


Nesta noite retemperei o essencial sobre todas as «partículas de Deus» ao reler este livro porque nos esclarece quanto ao essencial da fé e da esperança. Mesmo que a origem do mundo e da humanidade se expliquem de todas as formas e feitios, nada nos demove do que é importante e Deus sempre lá estará, porque no Tudo que é Deus, se manifesta a Sua Omnipotência e mais se crê que Deus «permite» à humanidade «saber» de si e do próprio Deus. Gostei muito da expressão do Vaticano «Comoção e entusiasmo» ao receber a notícia sobre esta descoberta. Parabéns à ciência e que neste domínio a investigação seja imparável... Deus ficará sobejamente satisfeito sempre que a «Sua» crianção se esclarece e progride na verdade.

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