Uma
mensagem para o Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que hoje à noite vai
falar ao país…
Obviamente que é o
nosso país, Portugal. Mas podemos incluir todos os outros países
intervencionados pela troica que chega com a receita conhecida e impõe aos
gastadores ou mestres na criação de dívida pública, que é o povo. Chegados,
como salvadores, estes austeritários, chamam a si meia dúzia de nativos para
serem o rosto das imposições aos restantes nativos, os habitantes da tabanca,
que verão o que é passar pelo prazer da austerização. Sim, porque só pode
causar prazer essa coisa da austeridade, pensam eles, porque mesmo que os maus
resultados em toda a linha estejam aí à frente de todos os olhos pouco ou mesmo
nada importa senão impor ainda mais austeridade.
Mas, o nosso país
tomado assim, hoje é habitado pelos austeritários, essa meia dúzia de gente que
tomou o poder da nação sabe Deus e nós como, com um rol de mentiras e promessas
falsas. Subidos ao trono, lá estão pretensamente ao «serviço» dos austerizados.
Mas, nenhuma sombra de compaixão os assiste pelo povo simples, se estão mal que
se mudem, viveram acima das suas possibilidades, foram os gastadores
desmedidos, aguentam, ora se aguentam muito mais! – Dizem do alto do seu
pedestal, ornamentados com mordomias e chorudos salários os austeritários da
nação e os apóstolos da troica.
Estes cegos, austeritários,
ao serviço do poder económico mundial, obcecados com a Merkel (Alemanha) e com
a ideia de que estão investidos de uma missão divinamente concedida pelo deus
do dinheiro, vão de medida em medida destruindo o que resta do Estado Social,
da democracia e de todos os valores que nos nortearam na procura de um certo
bem estar, que foi importante para ser gente e uma sociedade minimente
saudável. Acabar com isto é uma tragédia, não promover isto é levar a cabo uma
sentença de morte para um povo e uma nação que tanto custou a erguer desde há 8
séculos a esta parte. Não me conformo que alguns tenham tomado tão a sério este
desígnio fatal.
Mas o país está agora a
ser povoado com a grande multidão dos austerizados. A maioria. Todos aqueles
que foram encarados como os culpados da crise. Em certa medida, até podemos
aceitar isso. Foi a maioria que se deixou enganar, que foi legitimando com o
voto esta «malta», que comprou licenciaturas, que foi subindo à conta da
mentira e do engano puro e duro. Em parte sim, nós austerizados somos culpados
porque não ouve reflexão, fomos enganados e nos deixamos enganar. Porém,
acordamos e isso já vai sendo bom.
Estes austerizados, são
as vítimas da cegueira, do mais do mesmo, que se vai «acostumando» com a
pobreza, que vai dizendo que ainda tem alguma coisa, enquanto outros não têm
nada. Esta penúria resulta de uma habituação perante a pobreza que se está a tornar
intolerável, incompreensível e imperdoável em relação em que assumiu esta missão
de levar adiante a morte do povo de forma tão crua e insensível.
Somos os austerizados
de uma «malta» pobre de espírito e de intelectualidade ao serviço de poderes
escuros e obscuros que dominam as nações neste nosso tempo. Somso as vítimas
dos austeritários que não reconhecem que em democracia há sempre alternativas.
Hoje não podemos conceber uma verdade apenas, um sentido único e um pensamento
absoluto.
Estamos perante uns
austeritérios que não percebem que o povo não tem culpa nenhuma da dívida,
viveu como lhe foram proporcionando os caminhos. Os culpados são os políticos
irresponsáveis que foram levando a cabo medidas sem pensar em ninguém, muito
menos no futuro, foram uns alucinados insensíveis que se corromperam e foram
por isso se deixando levar pelos interesses pessoais, do partido e do seu grupo
de amigalhaços. Uma rede de favor paga favor, um reino de bajulação com altos
pagamentos tirados do bem público e tantas e tantas outras situações usufruídas
pela claque política que levou à tragédia da dívida insuportável do Estado. É
caso para dizer-se quem fez a dívida que a pague. E estou certo que não foi o
povo agora votados às imposições horríveis da desmedida austeridade.
Agora é caso para pedir,
austeritários deixem-se dessa mania de que o povo é que o culpado e assumam com
coragem a verdadeira culpa dos vossos antepassados e as vossas, porque não podem
aparecer agora como gente virgem que fez e faz tudo certo. Deixem em paz os
austerizados e defendam em todas as instâncias o vosso povo. É o mínimo que vos
exigimos. Porque não suportamos mais a vossa arrogância austeritária e está ser
mais que difícil esta subjugação de austeridade em cima de austeridade que a
vossa cegueira votou um povo inteiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário