Para o fim de semana. Sejam felizes sempre...
Naquela passagem sussurrava o
vento.
A maré cheia entre as rochas antigas
Não deixava de projectar os rochedos vermelhos do mar.
Tudo tinha um sabor salgado
O ar e as flores também que na infértil adversidade
Vinham à superfície como que envergonhadas
Mas não deixavam de mostrar quanto é belo
O pequenino, o simples e o frágil.
Quando chegada a hora da retirada das marés
As cavidades dos rochedos vermelhos costeiros
Mostram a abundância incrível de aranhas marinhas
E as suas pernas peludas aterradoras.
Mais se contam os caranguejos de barrigas encarnadas
E as estrelas do mar violáceas, gelatinosas.
Tudo na orquestra eterna do marulhar das ondas
Que nesse vai e vem das algas não se cala nem se aquieta
Como que dizendo a nós que mergulhamos
- O nosso pensamento precisa de ser posto em ordem
No seu lugar o que na vida é caótico e supérfluo.
Não deixava de projectar os rochedos vermelhos do mar.
Tudo tinha um sabor salgado
O ar e as flores também que na infértil adversidade
Vinham à superfície como que envergonhadas
Mas não deixavam de mostrar quanto é belo
O pequenino, o simples e o frágil.
Quando chegada a hora da retirada das marés
As cavidades dos rochedos vermelhos costeiros
Mostram a abundância incrível de aranhas marinhas
E as suas pernas peludas aterradoras.
Mais se contam os caranguejos de barrigas encarnadas
E as estrelas do mar violáceas, gelatinosas.
Tudo na orquestra eterna do marulhar das ondas
Que nesse vai e vem das algas não se cala nem se aquieta
Como que dizendo a nós que mergulhamos
- O nosso pensamento precisa de ser posto em ordem
No seu lugar o que na vida é caótico e supérfluo.
Até ao dia eterno que busco no
centro volátil do tempo.
José Luís Rodrigues
2 comentários:
Muito bom! Merece ser lido e partilhado por todas as pessoas deste mundo. Um abraço
profundo e muito belo.
:)
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