Seria muito importante que ao invés de
andarmos tão desviados do debate, nos concentrássemos no essencial, debater que
66% de abstenção (recorde europeu) nas eleições europeias em Portugal sem contar com nulos e brancos, significa um NÃO redondo às políticas de austeridade desumana e desigual deste
governo, às ajudas-negócio chorudo do FMI e à Merkelização do nosso país e é
também contra todos os políticos de cá e de lá tecnocratas que não olham às
pessoas e à sua situação concreta, sem que abdiquem de nenhuma mordomia para
darem o exemplo. Pois, enquanto forem infiéis de promessas e de compromissos
que assumem no tempo da campanha diante do povo, não se respeitam nem muito
menos serão respeitados.
Enquanto se mantiver tudo isto a
abstenção não baixará e aumentará cada vez mais pondo em causa o valor mais
importante da democracia, que reside nessa preciosidade de ouvir o povo quanto
à prática das políticas sobre a sua vida e sobre as pessoas que desejam para
governantes.
As tricas partidárias de quem ganhou ou
quem perdeu, se a perda ou a vitória se foi assim e assado, não leva a nada.
Empobrece o debate e desencanta ainda mais o eleitorado, já sobejamente cansado
das tricas e laricas das lógicas paralelísticas dos partidos políticos.
Esperemos por alguma lucidez e que se recomponham, a bem da democracia, pela
lógica do serviço ao bem comum, os partidos políticos que por hora entraram em
demanda por causa das suas lideranças.
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