O
povo forma-se numa «massa» que, como tal, pensa pouco e quando se fala de
«inteligência colectiva», nunca sabemos a que se refere e não é mais do que um
singelo eufemismo para justificar opções e caminhos que pouco ou nada servem o
colectivo, mas antes, as mais puras megalomanias de algumas cabeças pensantes.
Melhor dizendo, interesses pessoais ou grupos dominantes na economia e na
sociedade em geral. Se
quisermos, partidos e toda a clientela que tais organizações permitem
proliferar.
O
povo, o nosso povo, é simples e corre pelo bem. É um povo festeiro, alegre e
aproveita o mais que pode todos os momentos onde a festa, a borla e a música
são ingredientes seguros para seduzir.
O
pão e o circo sempre foram um meio muito utilizado para cativar o povo ou
dominá-lo pela embriaguez da alegria e do enfartamento de que tudo é fácil.
Estas frivolidades sempre foram utilizadas pelos poderes que desejam
perpetuar-se no tempo. Um povo alegre e farto não é sinónimo de que esteja bem.
Antes pode ser que se deixa conduzir por ilusões até ao dia em que realidade
lhe bate à porta.
Por
aqui se explica a elevada abstenção nas várias eleições e particularmente nas
europeias. Mais ainda explica como é que um povo espoliado, reduzido à fatalidade
da pobreza, sugado quanto à carga fiscal até ao tutano, os poucos que votam, voltam
a votar sempre nos mesmos, isto é, nos autores da sua desgraça. Essa coisa da
«inteligência colectiva» parece cair por terra diante da «psicologia do povo».
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