O futebol é um
negócio. Ponto. Mas, também envolve outras «massas», por exemplo, milhares de
pessoas que massivamente acorrem aos Estádios, vibram e sofrem pelas equipas em
confronto. Albert Camus, assumia, não sei se com alguma dose de exagero o
seguinte: «O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem
devo ao futebol». O que é facto é que o futebol une e divide os povos.
Ontem perante o vaivém
da bola entre o Juventus e o Benfica pude sentir um nervoso igual a tantos
outros portugueses que o sentiram por serem adeptos do Benfica e outros só pelo
facto de serem portugueses (estou neste rol) e verem uma equipa que defrontava outra
de fora. Para quem tem algum sentido patriótico não tem escolha nem hesita um
segundo, torce pelo que é seu e pelo que representa o seu país. Foi isso que
senti ontem diante do jogo do Juventus vs. Benfica.
Neste sentido,
sempre seremos contra a ideia de que o futebol se transforme no «ópio do povo»
como se dizia da religião ou pior ainda como um «narcótico» para fazer
desconcentrar dos verdadeiros problemas que nos assistem.
Por isso, falta
que o futebol não seja apenas um escape, um negócio chorudo e a pior de todas,
que seja objecto de tanta corrupção e mediação de divisão cruel entre um povo
ou entre os povos. Esta forma de desporto concentra muita a atenção e, facilmente,
todos, caem na tentação de esquecer que o futebol é um desporto para divertir.
Ora, isso é sempre muito perigoso e quem sabe se, alienante.
Parabéns ao Benfica e que
ganhe na final da Liga Europa e que isso contribua para a grandeza e bom nome
do nosso país fora de portas. E como alguém dizia: «Faça da sua vida um
jogo de futebol, drible as lágrimas, chute as tristezas e faça um golo de felicidade».
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