A questão religiosa levanta-se cada vez
mais com muita pertinência e acuidade, afinal, conjuga-se com a razão de André
Malraux, que nos esclarece ao pronunciar o seguinte: «a resposta à questão
fundamental do sentido da vida só pode tomar uma forma religiosa». Daí fazer
sentido, cada vez mais força e convicção, que Deus é amor para todos sem
acepção de pessoas.
Para Cícero, o termo «religio» estaria
ligado com «relegere» e significaria, considerar (reler) atentamente o que diz
respeito aos deuses. Para Santo Agostinho «religio» estaria ligado com
«relegere» porque nos «vincula» a Deus, de quem estávamos separados.
A religião, é a re-ligação do homem a
tudo o que o rodeia, procurando dar resposta às questões fundamentais da
existência humana: de onde vem a vi?; porque sofre a humanidade inocente?; para
onde vamos?; e para que viemos?...
Por fim fica-nos sempre por resolver a
questão da existência de Deus para o Homem de hoje, como dizer Deus diante da
exploração dos conhecimentos científicos, das possibilidades técnicas e das
mudanças sociais que eles provocam?
A religião deve ser o lugar da festa do
amor e da liberdade. Não se pense nem se diga que esta realidade não deste
mundo nem que por sombras se passa neste modo. A relação autêntica com Deus, é
sempre de clareza no amor, nunca na violência, na opressão e no desprezo. A
resposta de Deus, preenche todos os vazios da alma e do coração humanos. Perdendo-se este horizonte, Deus não se perde, mas perde-se irremediavelmente a humanidade. Os sinais desta perdição falam por si mesmos.
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