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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Delfins semeiam o medo entre trabalhadores do Governo Regional

A nossa terra vive um clima de medo terrível. O maior empregador da Madeira é o Governo Regional. Nesse meandro há dois candidatos à liderança do PSD. Obviamente, como não estamos habituados a que exista vários candidatos para um lugar de liderança neste partido político, a luta toma contornos esquisitos. A luta extravasa o sentido da democracia, que exige o respeito em relação às regras mais elementares. Não temos ou naquele partido não têm este hábito. Por isso, a luta toma contornos ferozes que nada têm a ver com a normal apresentação de ideias e propostas sem atropelar ninguém.  
Havendo dois candidatos vindos do interior do Governo Regional e que se mantêm nos respectivos cargos sabe Deus até quando,  as coisas complicaram-se bastante, porque não houve a lucidez de se demarcarem desde o início das funções governativas para que pudessem preparar com a devida equidistância as candidaturas. A mistura das coisas é inevitável. Não sendo assim, a luta para ver quem é quem entre os trabalhadores de ambas as tutelas está em clima de guerra, imperam as ameaças, a perseguição e o medo faz o caminho. Há pessoas contratadas pelos respectivos políticos para controlar e ouvir quem apoia quem nesta guerra dos Delfins.
Tendo em conta que as pessoas precisam do seu trabalho e do consequente salário ao fim do mês para alimentar as suas famílias, vão-se sujeitando a tudo. Porém, a natureza humana não é de ferro, os nervos estão à beira de um ataque e o clima é de cortar à faca. É impossível estar num ambiente onde se desconfia de tudo e de todos.  
O Papa Francisco no dia 3 de setembro de 2014, na Audiência Geral na Praça de São Pedro no Vaticano, disse sem meias palavras: «com o trabalho não se brinca». Segundo o Pontífice, tirar o trabalho de uma pessoa significa tirar a sua dignidade. Mais ainda, envolvê-la num clima de perseguição e medo ameaçando a segurança do seu trabalho, é violar os direitos humanos e reles chantagem que nada tem a ver com a dignidade humana e o direito à segurança no trabalho.
A luta pelo poder não pode estar sujeita a isto, não pode ser o poder pelo poder. Mas tem que haver regras e respeito pelas opções das pessoas. Se não sabem o que é a democracia aprendam, por favor. Mais ainda se me lembro que tudo isto é praticado por gente que num dia destes me sussurrava ao ouvido que se eu queria o bem do povo também eles queriam. Mas afinal, qual bem do povo se dentro da sua própria casa e no lugar onde exercem os seus cargos para o bem do povo, são os primeiros a perseguir aquele povo que está a ali ao seu lado? - Não embarco nesta hipocrisia de meia tigela. Cresçam e apareçam.

1 comentário:

Unknown disse...

A lata é tanta que o Papa Francisco é citado no JM para, desvirtuando-lhe as afirmações,TÊ-LO na sua barricada.
A coluna do cidadão, naquele jornal, já apresentou o desabafo de um Alemão,Klauss Friedrich, a viver na Madeira há muito, insurgindo-se contra Ângela Merkel por ela estar a ser injusta com o trabalho notável que ele constatava estar a ser feito na Madeira pelo Sr. Pres.
Esperemos que não surja, naquele espaço,nenhum texto de um cidadão Argentino, chamado Jorge Bergoglio, tecendo loas àquilo que por aqui vai