Dois momentos onde o pensamento sobre o pensar o Cristianismo hoje que nos deve relançar no caminho de uma verdadeira pastoral que vã ao encontro das pessoas, sem juízos de valor nem muito menos com imposições que marginalizam ou revoltam as pessoas ainda mais ao ponto de a «divorciar» por completo da Igreja Católica.
«O Cristianismo terá futuro»? – Perguntou o
Padre Tolentino Mendonça, no Expresso do dia 20 de setembro:
«Pois,
o que será o cristianismo do futuro? O teólogo Karl Rahner escreveu, como uma
espécie de testamento, três coisas que fazem pensar: 1) o cristianismo voltará
a ser formado por pequenas comunidades, mas vivendo com maior entusiasmo e
simplicidade a sua fé; 2) a adesão à crença não acontecerá por pressão
sociológica, mas por um caminho pessoal, livre, maturado e esclarecido; 3) o
cristianismo perdera relevância política e estratégica, mas reganhara espaço
para afirmar o santo poder do coração». O Papa Francisco está na linha do grande
teólogo Karl Rahner. É pena que outros ainda continuem a sonhar com um catolicismo
(cristianismo) de massas e de cruzadas.
O documento que nos falta estudar,
pensar e concretizar na pastoral é a Evangelii Gaudium/ Evangelho da Alegria do Papa Francisco, diz o seguinte nesta
passagem: «Há normas ou preceitos eclesiais que podem ter sido muito eficazes
noutras épocas, mas já não têm a mesma força educativa como canais de vida. São
Tomás de Aquino sublinhava que os preceitos dados por Cristo e pelos Apóstolos
ao povo de Deus ‘são pouquíssimos’. E, citando Santo Agostinho, observava que
os preceitos adicionados posteriormente pela Igreja se devem exigir com
moderação, ‘para não tornar pesada a vida aos fiéis’ nem transformar a nossa
religião numa escravidão, quando ‘a misericórdia de Deus quis que fosse
livre’" (EG 43). “Estas convicções têm também consequências pastorais, que
somos chamados a considerar com prudência e audácia. Muitas vezes agimos como
controladores da graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma
alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fatigante”
(EG 47).
É só para retermos, pensar muito e delinear estratégias pastorais sob estas luzes...
2 comentários:
Padre José Luis Rodrigues, Amigo e Irmão, como me soube ler este texto seu e do nosso comum Amigo, Pe. Tolentino Mendonça. Citar o Papa Francisco, Karl Reiner, S. Tomás de Aquino e Santo Agostinho é tentar no meio desta bizarria toda, viver uma Fé fortemente amadurecida. Eis o caminho que pretendo fazer. Obrigado!
Ontem como hoje...já Santo António pregava aos peixes...
O poder, o maldito poder, sempre o poder!
Eis o GRANDE mandamento:Se queres ser alguém faz-te o mais pequenino...Nesta IC isto é, na prática, impossível!
Abraço
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