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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dois momentos duas reflexões a levar muito a sério

Dois momentos onde o pensamento sobre o pensar o Cristianismo hoje que nos deve relançar no caminho de uma verdadeira pastoral que vã ao encontro das pessoas, sem juízos de valor nem muito menos com imposições que marginalizam ou revoltam as pessoas ainda mais ao ponto de a «divorciar» por completo da Igreja Católica.

«O Cristianismo terá futuro»? – Perguntou o Padre Tolentino Mendonça, no Expresso do dia 20 de setembro: 
«Pois, o que será o cristianismo do futuro? O teólogo Karl Rahner escreveu, como uma espécie de testamento, três coisas que fazem pensar: 1) o cristianismo voltará a ser formado por pequenas comunidades, mas vivendo com maior entusiasmo e simplicidade a sua fé; 2) a adesão à crença não acontecerá por pressão sociológica, mas por um caminho pessoal, livre, maturado e esclarecido; 3) o cristianismo perdera relevância política e estratégica, mas reganhara espaço para afirmar o santo poder do coração». O Papa Francisco está na linha do grande teólogo Karl Rahner. É pena que outros ainda continuem a sonhar com um catolicismo (cristianismo) de massas e de cruzadas.  

O documento que nos falta estudar, pensar e concretizar na pastoral é a Evangelii Gaudium/ Evangelho da Alegria do Papa Francisco, diz o seguinte nesta passagem: «Há normas ou preceitos eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras épocas, mas já não têm a mesma força educativa como canais de vida. São Tomás de Aquino sublinhava que os preceitos dados por Cristo e pelos Apóstolos ao povo de Deus ‘são pouquíssimos’. E, citando Santo Agostinho, observava que os preceitos adicionados posteriormente pela Igreja se devem exigir com moderação, ‘para não tornar pesada a vida aos fiéis’ nem transformar a nossa religião numa escravidão, quando ‘a misericórdia de Deus quis que fosse livre’" (EG 43). “Estas convicções têm também consequências pastorais, que somos chamados a considerar com prudência e audácia. Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fatigante” (EG 47). 
É só para retermos, pensar muito e delinear estratégias pastorais sob estas luzes...

2 comentários:

José Ângelo Gonçalves de Paulos disse...

Padre José Luis Rodrigues, Amigo e Irmão, como me soube ler este texto seu e do nosso comum Amigo, Pe. Tolentino Mendonça. Citar o Papa Francisco, Karl Reiner, S. Tomás de Aquino e Santo Agostinho é tentar no meio desta bizarria toda, viver uma Fé fortemente amadurecida. Eis o caminho que pretendo fazer. Obrigado!

José Machado disse...

Ontem como hoje...já Santo António pregava aos peixes...
O poder, o maldito poder, sempre o poder!
Eis o GRANDE mandamento:Se queres ser alguém faz-te o mais pequenino...Nesta IC isto é, na prática, impossível!
Abraço