Provavelmente, é dos capítulos mais curiosos e interessantes da história da Madeira...
A bruxaria ou feitiçaria na Madeira tem
sido uma realidade transversal a toda a sociedade em todas as épocas históricas
desde o seu povoamento. A figura mais marcante deste elemento acentuadamente
característico da sociedade madeirense foi o famoso «Feiticeiro do Norte». Quem
era o «Feiticeiro do Norte»? - Foi Manuel Gonçalves, que nasceu na freguesia do
Arco de São George na década de 60 do ano de 1800, ficou mais conhecido com a
alcunha de «Feiticeiro do Norte», é uma camponês analfabeto e sem qualquer grau
cultural significativo, que aos 40 anos de idade, começou a revelar uma
magnífica aptidão para a improvisação de trovas e cantigas populares, que
alcançaram grande fama entre as gentes populares da ilha da Madeira.
Ao som de
um rajão, numa melodia monótona e melancólica, cantava o Feiticeiro as suas
composições em verso, que, pela sua originalidade e caráter pitoresco,
sobretudo, quando o assunto se tratava com algum humor e apimentado quanto
baste, despertava grande interesse e era avidamente escutado por grande número
de populares. Este atrativo animava sobremaneira diversos arraiais na Madeira.
Porém, basta-nos salientar a feitiçaria
e a bruxaria está impregnada na mentalidade do povo madeirense e comanda a vida
quotidiana mais do que tudo aquilo que possamos imaginar.
A bruxaria e/ou feitiçaria, prende-se
com tudo o que sejam artes mágicas que impliquem atitudes esotéricas, rezas a
Deus, aos Santos, Nossa Senhora e no caso da magia negra ao diabo, para
espantar todas as formas onde o mal esteja presente ou que possa vir a ser uma
realidade, provocado pelos maus olhados e pela inveja.
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